Após a repercussão da notícia de que a empresa Vetor estaria em dívida com cerca de 140 funcionários, a empreiteira se reuniu, na sexta-feira (19), com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo (Sintraconst-ES), para tentar solucionar o problema.

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Na semana passada os trabalhadores procuraram o Sintraconst para ajudá-los a receber da empresa. Foto: Gessika Avila/Portal 27

Na reunião, que contou com a presença do proprietário da empresa, ficou definido, de acordo com o diretor regional do Sintraconst, Paulo Sergio Duarte Fabiano, que no dia 05 de março os funcionários irão receber o salário que encontra-se atrasado e no dia 10 do mesmo mês será feito o pagamento da rescisão de todos os trabalhadores.

“O proprietário da empresa disse que está com dificuldades, que a rescisão de todos os trabalhadores chegou na faixa de R$ 980 mil, que ele não tinha e queria parcelar. Nós falamos que não tinha como, porque é rescisão, o trabalhador já está esperando por aquele dinheiro. Então entramos em um consenso”, disse Paulo Sergio.

Quanto ao plano de saúde, que estava bloqueado, e o ticket alimentação, que estava atrasado, o diretor explicou que os trabalhadores irão receber uma quantia de R$ 100, referente a uma multa pelo bloqueio do plano de saúde, e o ticket será depositado para cada um.

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Paulo Sergio disse que o sindicato entrou em consenso com a empresa sobre alguns fatores e os funcionários devem receber em março. Foto: Gessika Avila/Portal 27

Paulo Sergio ainda acrescenta: “Ficou faltando resolver a questão do TAC, que, no caso, é um termo de conduta que foi fechado entre o Ministério do Trabalho com a Samarco, no qual os funcionários dela têm estabilidade até abril e tem uma parte do termo de conduta que fala que as contratadas também têm. Aí a gente cobrou e ele falou que ia ver com os advogados dele, mas que se tivesse que pagar, que pagaria também e que depois cobraria a Samarco”.

Ele explica que o Sintraconst participou das reuniões do termo de conduta firmado com a Samarco e que, inicialmente, este iria cobrir apenas os funcionários da mineradora, mas o sindicato interferiu, alegando desigualdade com os funcionários das contratadas. “Eram 140 pais de família que estavam ali. Por que os funcionários da Samarco, que também são pais de família como os da Vetor, tem direito e os da Vetor não, sendo que foram atingidos da mesma forma?”, questiona.

Uma manifestação na portaria da Samarco chegou a ser cogitada, caso a Vetor não entrasse em um acordo com o sindicato. Como as pendências foram parcialmente resolvidas e uma nova reunião está marcada para acontecer nesta quarta-feira (24), com a intenção de finalizar as negociações, a manifestação não deverá ocorrer.