A pequena Melyne Vieira Bastos, de 6 meses, precisa contar com a solidariedade das pessoas mais uma vez. Só que agora a doação é de medula óssea. A bebê foi diagnosticada com leucemia LLA, do tipo Pró-B, quando tinha um mês e precisa fazer o transplante de medula o quanto antes.

A mãe de Melyne, Yasmim dos Santos Vieira, de 26 anos, contou que a filha continua internada e se preparando para receber o transplante. “Ela está fazendo quimioterapia e para fazer o transplante precisa estar com a doença zerada. Fizemos o mielograma (exame que avalia a medula óssea) e ela está com 38%, mas já diminuiu porquê antes era 55%. Tinha zerado da primeira vez, mas a doença dela é teimosa e voltou, por isso, vai precisar do transplante”.

Melyne descobriu a leucemia quando tinha um mês e agora está precisando passar por um transplante de medula óssea. Foto: Arquivo Pessoal

Segundo ela, mesmo ainda não tendo zerado a doença a menina tem uma grande chance de fazer o transplante se conseguir um doador. “Tem uma nova quimioterapia que eles liberam para a criança que vai fazer o transplante e ainda tem a leucemia. Se ela achar um doador compatível, faz uma quimioterapia de 30 dias para zerar a doença e fazer o transplante. Mas este caso é só se ela tiver um doador, caso contrário continua fazendo a quimioterapia normal”.

Em casos como o da Melyne o ideal é que o doador seja um irmão, mas ela é filha única. Yasmim revelou até pensou engravidar para salvar a filha. “Perguntei a médica se tinha chance se eu engravidasse, mas ela disse que isso iria demorar muito e que a gente está correndo contra o tempo”, disse a mãe.

Segundo a mãe, Melyne ainda tem 38% da doença. Melyne com os pai, Josenildo Bastos, e a mãe, Yasmim dos Santos Vieira, no hospital onde permanece internada. Foto: Arquivo Pesssoal

Yasmim também explicou que como não tem irmãos Melyne entrou na fila de doadores do Brasil e caso não encontre um doador, a busca é feita no banco mundial de doadores de medula e em último caso são realizados exames para verificar a compatibilidade dos pais porquê a chances deles serem compatíveis é menor.

Ela também fez um apelo para que as pessoas doem a medula. “Já tem muita gente ajudando de outras formas, mas eu queria que as pessoas se prontificasse a doar para poder salvar a vida da minha filha. Tenho medo do transplante porquê é muito arriscado, mas ela precisa. Ou ela faz e se salva ou não faz e sofre. A médica falou que caso a criança não consiga o doador, o tratamento é só para aliviar a dor até a hora da criança partir”, disse a mãe emocionada.

De acordo com a mãe, quem quiser se candidatar como doador deve comparecer ao Hemocentro do Espírito Santo (Hemoes) para realizar os exames para saber qual o tipo de medula tem. A informação vai para o banco de medula e se alguém for compatível, é realizado o transplante.

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:

– Ter entre 18 e 55 anos de idade.
– Estar em bom estado geral de saúde.
– Não ter doença infecciosa ou incapacitante.
– Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
– Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Doações. Em janeiro, ela precisou passar por uma transfusão de sangue e a família fez campanha para conseguir os doadores e deu certo. No mês seguinte a menina precisou de uma nova ajuda, a doação de um leite especial que custa cerca de R$ 206,00 cada lata porquê com a quimioterapia desenvolveu alergia a lactose. Até o momento eles receberam 25 latas de leite, fraldas, pomadas, toalhas umedecidas e sabonete.

“Agradeço muito a Deus pelas pessoas que ele tem colocado na minha vida porquê elas têm me ajudado muito. Eu e o pai dela somos muito gratos a quem nos ajuda e a quem quer ajudar e não pode”, disse Yasmim.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your name here
Please enter your comment!