Para que serve a assessoria política, senão para dar vida ao mandato? Se tiver outra finalidade, apaga e começa novamente. É óbvio que aqui o espaço não é suficiente para o amplo debate que o tema exige. Assim, apresento apenas alguns enfoques de maior relevância, no meu modesto ponto de vista.

Vou falar de três tipos de assessores: comunicação, atendimento e especial (classificação didática). Naquilo que lhe for atribuído, o assessor tem que ser o melhor, caso contrário, tem que ser substituído. Simples assim. Como diria um político de um passado recente: “campanha é campanha e mandato é mandato”.

Campanha é/era sorriso, felicidade, abraço, jingles, cartaz, carro de som e vamos que vamos. Mandato é reunião, tarefa, atendimento, prazo, articulação, lidar com o poder, com os egos, com as vaidades e resultado acima da média.

Naquilo que lhe for atribuído, o assessor tem que ser o melhor, caso contrário, tem que ser substituído.

Pois bem, o assessor de comunicação tem obrigação de conversar semanalmente, e dependendo, diariamente, com os meios de comunicação que mais influenciam no meio político e visitar as respectivas redações. Deve ser conhecedor das notícias que sairão, antecipadamente, informando ao assessorado das notícias mais importantes do dia. Político desinformado é político sem rumo.

Já o assessor de atendimento ao eleitorado, este deve ter características especiais, que provavelmente, não serão adquiridas em banco de faculdade. Este deve ser carismático, feliz, comunicativo, simples, empolgado e disponível. Deve saber ouvir, mais do que falar. Deve ser aquele que na alegria e na tristeza, na doença e na saúde, na tristeza e na alegria, estará sempre lá, disponível para fazer e acontecer.

Já o assessor especial, aquele que conversa diretamente com o mandatário, deve ser escolhido a dedo. Não basta ser de confiança, tem que ser corresponsável pelo mandato. Deve estar pronto a assumir aquilo que o mandatário não pode, como por exemplo, dizer o odioso “não”. Esse pode levar o mandatário à vitória ou a derrocada, portanto, esse deve ser escolhido entre os melhores.

Dentre as qualidades necessárias, deve ser objetivo, racional, conhecedor do mundo político e quem são os atores. Deve saber se portar diante de autoridades, principalmente em atos oficiais. Deve falar quando solicitado e apurar o resultado dos encontros e reuniões onde o seu assessorado esteve. Não deve, jamais, inflamar ou enganar seu assessorado, pois isso gera quebra de confiança. Entenda que a decisão não é do assessor e sim do político assessorado.

O mandatário junta inúmeras informações para uma decisão e não somente uma, portanto, o assessor deve estar preparado pra decisões contrárias às suas orientações. Se há espaço para considerações, as faça, caso contrario aceite e engula o sapo com um pouco de água gelada. Cabe ainda falar sobre a ética da assessoria.

Assessor que expõe o mandatário ou a própria assessoria deve ser substituído. Assessor candidato ou que apoia tema ou candidaturas em outro grau, divergente do assessorado, precisa ser extirpado. Por fim, não menos importante mais dois pontos: 1. Assessor é remunerado para trabalhar e não pelo que fez na campanha. 2. Livre-se do assessor oba-oba, que é aquele que acha o assessorado é o último biscoito do pacote.

Finalizo com um pensamento de Napoleão Bonaparte: “Os sábios são os que buscam a sabedoria, os tontos acreditam já tê-la encontrado”. Ponto.

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