Após levar acidentalmente um tiro na nuca, jovem de 22 anos não resiste e morre no UPA do município. Jadilson de Souza Cerutti de 23 anos limpava a arma, uma garrucha calibre 38. Durante a limpeza, ele afirma que a arma disparou contra a namorada, Nayara Stein Glória, que estava sentada em uma cadeira no quarto.

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Jadilson de Souza Cerutti limpava a arma, quando a namorada foi alvejada por um tiro. Foto: Vinícius Rangel.

O crime aconteceu por volta do 12h30m de ontem (09), em Santana, zona rural de Guarapari, onde a agricultora Nayara morava. Jadilson é agricultor e mora em São Miguel, no interior da cidade. Ele havia adquirido a arma há dois dias, por R$200,00 (duzentos reais), de seu cunhado, irmão de Nayara. O agricultor conta que não sabia usar a arma e está arrependido pelo o que aconteceu. “Agora, olha a culpa que eu vou carregar nas costas. Eu matei a pessoa que eu mais amava nesse mundo”, murmura o jovem.

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Garrucha calibre 38. Arma que tirou a vida da jovem agricultora. Foto: Vinícius Rangel.

Após perceber que Nayara foi atingida, o namorado a pegou nos braços, colocou no carro com ajuda do cunhado, e seguiu em direção ao UPA. Mas, no momento do crime, os vizinhos escutaram o tiro e acionaram a polícia. Ao encontrar o veículo de modelo Ranger, cor preta, os policiais interceptaram o carro, abordaram os rapazes e observaram que Nayara estava em estado grave. Desde então, Jadilson explicou o caso a polícia, e todos prosseguiram na viatura, para a Unidade de Pronto Atendimento.

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Corpo de Nayara foi encaminha ao IML em Vitória. Foto: Rosimara Marinho.

Nayara ainda recebeu os primeiros socorros ao chegar no hospital. Mas não resistiu, e veio a óbito. Diante dos fatos, o jovem agricultor se emociona arrependido. “Eu só penso na minha família e na dela agora. Eu matei a pessoa que eu amava e que ia me casar”.

Delegado TiagoO Delegado Tiago Dorneles estudou o caso e disse que Jadilson será indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar e apresenta pena de 1 a 3 anos de prisão. No entanto, ele obteve a oportunidade de pagar fiança, mas sem condições financeiras, o agricultor não pagou e será encaminhado a penitenciaria de Guarapari. “Eu não me importo por ficar preso, apenas me importo com a família dela”, lamenta.

Por Vinícius Rangel e Roberta Bourguignon

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