“O delegado concluiu que não houve crime, nem negligência”, afirmou Lucas Neto, advogado da família da pequena Ana Clara Nascimento de Jesus Ferreira, de um ano e quatro meses, que faleceu no dia das crianças (12). A pequena estaria brincando no quintal de casa quando se afogou em um balde de água e foi levada às pressas para o hospital infantil na Praia do Morro, mas não resistiu e morreu no hospital.

O velório de Maria Clara aconteceu na tarde de ontem (13)

De acordo com Mônica Batista de Miranda, 44 anos, tia avó da criança, Ana Clara estava sob os cuidados da avó Alizania de Souza Nascimento. “A avó estava colhendo roupa do varal e foi para dentro da casa guardar. Nesse meio tempo, ela decidiu varrer a salinha, para colocar o tapete, onde Ana Clara gostava de dormir. Ela começou a chamar por ela, mas ela não respondia, e viu a neta dentro do balde, de cabeça para baixo”, contou Mônica.

Desnorteada, a avó saiu com a criança nos braços e parou um carro que passava na rua para pedir ajuda. “O primeiro carro que passou, ela parou e conseguiu ir para o hospital, na Praia do Morro”, afirmou a tia avó de Maria Clara, enfatizando que a pequena chegou com vida ao Hifa, mas não resistiu.

Não bastasse a tragédia para a família, houve a necessidade de contratar um advogado, uma vez que ao chegar ao hospital, a avó da criança estava com manchas de sangue pelo corpo e a Poícia Militar foi acionada. Ao passar as informações para o Ciodes, a pessoa que comunicou o caso teria dito que poderia não se tratar de afogamento, uma vez que a criança também apresentava manchas de sangue.

Segundo Mônica, o que aconteceu foi que na pressa para socorrer Maria Clara, a avó passou próximo ao arame farpado e furou seu supercílio, o que explica o excesso de sangue e a confusão no hospital.

A perícia da Polícia Civil foi então acionada e a família ficou bastante assustada pela desconfiança de que a criança poderia ter sido vítima de um crime. “O que causou toda a confusão, foi a falta de informação no momento de passar as informações para o Ciodes. Faltou o hospital conversar com avó”, explicou o advogado esclarecendo que após a perícia passar pela casa, o delegado concluiu que não houve crime.

O enterro de Maria Clara aconteceu no fim da tarde de ontem, no Cemitério São João Batista, em Guarapari. O DML constatou que a morte foi por afogamento.