Pela segunda vez consecutiva, os vereadores do grupo denominado “Parlamento Forte”, esvaziaram a sessão em protesto contra a presença do vereador Dito Xaréu (SDD) no plenário. Na semana passada (reveja aqui), após críticas do vereador Marcus Grijó (PDT), que alegou interferências da justiça dentro da Câmara, forçando a volta de Dito, eles já haviam deixado o plenário, deixando-o sem quórum para a continuação da sessão.

Na tarde de ontem (10), novamente a sessão foi esvaziada após pronunciamento do vereador Dr. Rogério (PSB). O grupo que é base de apoio ao prefeito, formado por seis vereadores, criticou a postura dos colegas.

“Respeito o processo democrático e tenho muito apreço aos nobres colegas vereadores, mas não podemos punir a população”, disse Wendel.

Projetos. O líder do prefeito e coordenador da base, vereador Wendel Lima (PTB), afirmou ao Portal 27 que respeita os colegas, mas importantes projetos precisam ser votados. “Respeito o processo democrático e tenho muito apreço aos nobres colegas vereadores, mas não podemos punir a população deixando de realizar as sessões onde temos importantes projetos de leis (Abono salarial, Processos Seletivos na área da educação e ordenamento) a serem votados”. Afirmou ele.

Ainda de acordo com Wendel, é preciso respeitar a justiça. “Decisão do judiciário deve ser cumprida e não questionada, não concordo com esses sistemáticos protestos em plenário contra a justiça”, disse.

Interferência do Judiciário. O Portal 27 procurou a Câmara de Guarapari para que ela respondesse sobre estes questionamentos e através de sua assessoria ela nos respondeu que. “A Câmara Municipal de Guarapari informa que o protesto dos vereadores é uma resposta a interferência do Judiciário a uma decisão que cabia apenas aos parlamentares Esta decisão foi tomada após uma investigação baseada no Regimento Interno da Casa de Leis, que constatou quebra de decoro por parte do vereador citado. Não é possível prever até quando os parlamentares irão protestar.

Porém, a votação do abono dos servidores, que está sendo questionada pelos vereadores da base, não estava na pauta das duas sessões porque a mesma está paralisada. Mas, a presidência da Câmara está estudando a possibilidade de convocar uma sessão extraordinária para votar o abono porque os vereadores não têm a intenção de prejudicar os servidores e a população”