O Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar quer formar novos atiradores de elite para atuarem em ocorrências com reféns no Estado. Para isso, a tropa iniciou nesta semana o Curso de Formação de Atiradores de Elite (CFAE) que terá duração de 26 dias e conta com a participação de novos militares da Companhia de Operações Especiais (COE).

De acordo com o comandante do BME, tenente-coronel Alexandre Ramalho, a preparação de novos militares para a função é essencial para o atendimento de crises. “Em ocorrências com reféns a atuação dos atiradores é o último recurso para conter a crise. Estudamos o caso e aplicamos medidas necessárias para cada momento da negociação. Podemos agir com armas não letais, com invasão tática e, somente em último caso, recorremos ao atirador de elite”, explica o comandante.

sniperPM3_jpeg
O Curso terá duração de 26 dias e conta com a participação de novos militares

Segundo Ramalho, a tropa conta atualmente com quatro atiradores qualificados para atuarem em ocorrências dessa natureza e, com o novo treinamento, novos policiais estarão aptos para o atendimento. “Já atuamos em ocorrências com reféns, mas nunca precisamos recorrer a este último recurso. Porém, entendemos que a qualificação e a formação de policiais para o tiro de elite é essencial para possíveis ocorrências em que haja esta necessidade”, destaca.

Para participar do curso os militares passaram por uma prova específica de tiro policial. A seleção também teve como pré-requisito a avaliação do perfil psicológico do militar e características comportamentais como disciplina. Ser um exímio atirador também faz parte das exigências.

Disciplinas como história do atirador de elite, armamento e equipamento, comunicações, técnicas rurais, tiro de precisão e balística serão ministradas durante o treinamento que contará com atividades práticas durante todo o seu curso.

Atuação

Os atiradores de elite estão presentes em ocorrências com reféns durante todo o tempo. O fuzil 762 é a arma utilizada por eles, que também são conhecidos como ‘snipers’. Eles são parte fundamental no gerenciamento de crises porque atuam de forma estratégica e com visão privilegiada graças aos aparelhos de pontaria que permitem uma visão quarenta vezes maior do alvo.

“Eles transmitem informações para o gerente da crise que está no comando da ocorrência.Somente em último caso o atirador intervém no atendimento. Somente quando não há mais formas de negociação o atirador de elite utiliza sua arma. Nossa intenção é sempre a de salvar vidas e, por isso, a arma é sempre o último recurso”, explica o comandante da COE e coordenador do curso, capitão André Pratti.

Fonte:PMES