A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI), criada pela Câmara Municipal de Guarapari para investigar a morte de oito bebês no Hospital São Judas Tadeu, foi confusa e vai ser demorada.

É que de acordo com os membros da CPI, formada pelos vereadores, Manoel da Ki-Delícia (PT), Jorge Figueiredo (PP) e Oziel Pereira (MD), a comissão – que foi aprovada em março – teria 90 dias para investigar, mas com o fim desse prazo agora em junho, os vereadores afirmaram que agora serão precisos mais 60 dias.

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Vereadores querem mais tempo.

Acareação No dia de hoje, a CPI pretendia fazer uma acareação- aberta ao público – com os envolvidos direta e indiretamente na morte dos bebês, tais como os donos do São Judas, médicos, secretários de Saúde, os pais dos bebes mortos, entre outros.

Mas hoje, a única ouvida na acareação foi a atual secretaria de saúde, Aurelice Vieira, as ex- secretárias Diana Margara e Hozana Simões não deram depoimento. “Eu não fui convidada para dar depoimento na CPI”, afirmou a ex-secretária Hozana Simões.

O vereador Dito Xaréu (PTB) ficou contrariado com a presença e o depoimento de Aurelice. “Tinha que ter convidado a secretaria de saúde que passou. Convidar a secretaria de saúde atual, fica até difícil ela responder algumas perguntas, por que eles assumiram a administração a pouco tempo”, disse ele.

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A secretaria de saúde foi a única ouvida e questionada.

Questionada pelos vereadores sobre algumas questões da saúde e do hospital, Aurelice respondeu a quase todas as perguntas que não tinha conhecimento dos fatos, pois a época não era secretária de saúde.

Confira abaixo uma parte o depoimento de Aurelice.

Depois de ouvir Aurelice, com menos de trinta minutos, o presidente da CPI, vereador Jorge Figueiredo (PP) finalizou a acareação para surpresa geral dos presentes, inclusive do prefeito Orly que havia acabado de chegar.

CPI/Audiência. Com isso, algumas pessoas presentes quiseram se manifestar, transformando a CPI em uma verdadeira audiência pública. “Isso já não é mais CPI, pode ser qualquer coisa, menos CPI”, disse um dos presentes.

Muitos pegaram o microfone para discordar de alguns pontos  da CPI, como foi o caso  presidente da transparência, Raquel Gerde, comentando principalmente  a falta de alguém da direção do hospital.

Falta. Os proprietários do Hospital São Judas, não compareceram e apresentaram um “atestado médico”, segundo os membros da comissão. O único que falou em nome do Hospital, foi o médico Dr. Humberto. Do lado das vítimas, somente um pai de bebe, Daniel Batista de Oliveira, esteve presente.

Confira abaixo uma parte o depoimento de Daniel

 

Falhou. Nos bastidores, o entendimento é que a a apresentação da CPI foi extremamente deficiente. Algumas pessoas apontaram a falta de experiencia dos membros em conduzir a CPI, ao finalizar, continuar e até mesmo da assessoria, feita por um assessor do vereador Manoel.

No entendimento de alguns, o assessor não estava preparado para assessorar uma CPI deste porte. “A casa tem uma assessoria jurídica preparada, deviam indicar uma funcionário efetivo e não um assessor de vereador, que não tem experiencia no assunto”, disse um vereador ouvido pelo Portal 27.

O prefeito Orly Gomes (DEM) se manifestou ao final da CPI e disse que a situação do São Judas, com relação a ser entregue a  Santa Casa está sendo resolvida, mas que não é fácil, mas todos os esforços estão sendo feitos para isso e para a que se resolva também a situação do Hospital da Cidade.

Com mais 90 dias, o vereadores  pretendem encaminhar o relatório final, as autoridades competentes, como secretaria de estado da saúde, conselhos de medicina e ministério público.

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