A tecnologia avança a cada dia e ferramentas com a finalidade de facilitar a rotina dos consumidores são criadas. Porém, junto com as inovações vêm os perigos de cair na mão de criminosos e ter prejuízo, perdendo altas quantias em dinheiro.

Pix é um serviço de pagamentos eletrônico.

O serviço de pagamentos instantâneos Pix, desenvolvido pelo Banco Central, está na mira de golpistas e que já fazem vítimas em todo o País, inclusive no Estado. Usuários estão perdendo até R$ 70 mil com golpes, como é o caso de um empresário, de 27 anos, morador da Grande Vitória. Diante do cenário, a polícia faz um alerta e pede cautela.

Eduardo Pinheiro, especialista em Crimes Cibernéticos, ressaltou que os principais golpes relacionados ao Pix são feitos através de armadilhas virtuais. “Elas são encaminhadas por e-mail, em programas de mensagens instantâneas e também pelas redes sociais. Induzem a vítima a acreditar que é uma mensagem de seu banco e fazem ela clicar em um link”, disse.

Assim que clicam no link, as vítimas são direcionadas para páginas clonadas do banco ou para formulários, que têm como objetivo a captura de dados pessoais. O empresário que foi vítima afirmou que recebeu um telefonema de bandidos que se passaram por representantes do Pix e ofereceram que ele cadastrasse a chave de um determinado banco.

Acreditando nos criminosos, ele foi direcionado a um site que era idêntico ao da instituição bancária. Lá, acabou digitando os dados necessários para o golpe. “O site era parecido com o do banco, fui ingênuo. Primeiro transferiram da minha conta R$ 4.900 e depois mais R$ 65 mil, através de uma guia de boleto. Eu não tinha limite no Pix”, disse o empresário, que preferiu não ser identificado.

Ele afirmou que tenta, junto a um processo administrativo com o banco, o ressarcimento do valor. “Se o banco não aceitar, vou entrar com processo via judicial. Acredito que tenho chances”, frisou. Brenno Andrade, titular da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DRCC), alertou que a quantidade de golpes com o Pix vai aumentar.

“Todo tipo de tecnologia, os criminosos querem se aproveitar e, muitas vezes, as pessoas caem por falta de atenção. A gente recomenda o cuidado ao clicar em links que podem levar a ambientes onde é preciso inserir dados”, destacou.

Limites de valor ajudam na prevenção, diz Banco Central Uma das formas de se proteger de golpes no Pix, ou pelo menos de perder altas quantias, é estabelecer um limite de valor para as operações. Segundo o Banco Central, estas quantias são estabelecidas nos limites que o mesmo cliente tem em outros instrumentos de pagamento, como cartões e TED.

Ainda de acordo com o banco, tais limites poderão variar a depender do perfil de cada cliente, do período, da titularidade da conta, do canal de atendimento e do procedimento para iniciação. Para inibir a ação de criminosos, inclusive aqueles que tentam coagir o usuário a fazer transferências, todas as operações do Pix são rastreáveis, o que significa que o Banco Central e as instituições envolvidas podem, a mando das autoridades competentes, identificar os titulares das contas de origem e de destino de toda e qualquer transação de pagamento no Pix.

O banco destacou que o Pix utiliza várias medidas de segurança de ponta, como formas de autenticação e criptografia, adotadas na realização de outros meios de pagamento, como TEDs e DOCs, protegidas pelo sigilo bancário.

Por Jornal A Tribuna