Segundo dados divulgados pela Rede Gazeta na tarde desta sexta-feira (28), os exames de DNA comprovaram que a amostra colhida do tio, que é o principal suspeito do crime de estuprar a criança de 10 anos, bate com a amostra que foi colhida da sobrinha.

Os exames ficaram prontos na última terça-feira (25), e foram enviados ao Ministério Público, que deverá se pronunciar sobre o caso nas próximas semanas. A menina e a família estão participando do Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência, com o apoio do Governo do Espírito Santo.

Relembre o caso. A criança de 10 anos, que era estuprada desde os 6, nunca denunciou por medo das ameaças e terror psicológico que eram impostos sobre ela. A menor engravidou do tio, o principal suspeito de 33 anos, que está preso e segue aguardando decisões da justiça.

Logo no começo do mês, a menina teve o aborto permitido pela justiça, porém teve que se deslocar até Pernambuco, já que o Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), em Vitória, alegou não ter estrutura para realizar o procedimento.

No hospital em Pernambuco, que é referência nesse tipo de procedimento, a criança passou por cerca de 17 horas de cirurgia, até que estivesse segura e bem. Ainda no mesmo dia da cirurgia, o hospital foi alvo de diversos protestos contra o médico que iria realizar o aborto, a direção do hospital e até contra a própria menina, que segundo os manifestantes, deveria continuar com a gestação.

Por João Pedro Barbosa, estagiário.