Pais reclamam da demora no atendimento do HFA. Nesta segunda, (14), uma menina de 6 anos esperou por cinco horas para ser atendida. A criança, segundo o pai, estava com um quadro de virose e chegou ao hospital às 14h e só conseguiu ser consultada às 19h30.
Ainda de acordo com o pai da criança, havia uma outra criança com classificação de risco que aguardou cerca de duas horas na fila por atendimento. “Eu sai de lá e o pessoal ainda não tinha nem entrado para consulta”, disse Ademir.
O técnico de telecomunicações já está se preparando para encarar a fila novamente, já que a consulta feita ontem não teve resultados sobre as causas da doença da filha.
A mãe, que mora em Santa Margarida, chegou ao HFA por volta das 14hs, e depois da longa espera, temeu perdeu o ônibus da volta para casa. “Todo mundo reclama do hospital! Ficar cinco, seis horas na fila não dá! Muita gente foi embora com o filho passando mal”, afirmou Katya.
Ela conta ainda que chegou a reclamar com a diretora do Hospital, mas a queixa não surtiu efeito e de nada adiantou. A mãe do menino o medicou em casa e ele ainda não passou por uma avaliação médica. “Não adianta fazer um hospital tão grande e não ter estrutura para atender a gente”, reclamou a dona de casa.
Atualizado as 13h50: O Portal27 procurou a assessoria de comunicação responsável pelo hospital e recebemos a seguinte resposta:
“O Hospital Francisco de Assis (HFA) tem registrado volume superior a sua capacidade, de 140 a 160 consultas pediátricas, sendo que sua capacidade é de 100 atendimentos diários. O motivo do alto volume, é que neste período de julho e agosto, permaneceram as doenças de crises respiratórias que sobrecarregam o atendimento. Devido a grande procura, os pacientes triados no acolhimento como casos não urgentes não estão compreendendo que a prioridade dos serviços é para pacientes com enfermidades classificadas como urgência e emergência. Entre elas: febre alta e contínua, intoxicação, vômitos, diarreias persistentes e outras doenças de início súbito.
Na tarde da última terça-feira (8), por exemplo, uma usuária buscou atendimento no Pronto Atendimento Infantil (PAI) com uma criança com traumatismo craniano e estado grave. Rapidamente os dois profissionais pediatras foram deslocados para a urgência e os atendimentos do PAI foram interrompidos. Graças a esse atendimento a criança foi estabilizada e removida de helicóptero pelo Samu. Por este motivo, pacientes classificados de verdes (baixa complexidade) tiveram que aguardar um pouco mais de tempo.
O Hospital ressalta que a equipe médica formada por dois médicos pediátricos e dois médicos obstétricos, para os atendimentos a gestantes, estão realizando o atendimento normalmente. Os profissionais são orientados a acolher e prestar serviço de qualidade e humanizado a toda a população que busca atendimento.”
Por Cecília Rodrigues