Conhecida como a mãe das pandemias, a gripe espanhola, que foi uma mutação do vírus Influenza, aconteceu entre janeiro de 1918 e dezembro de 1920, e matou cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, além de ter infectado 500 milhões.

O local de origem dela ainda é desconhecido, mas ao contrário do que se pensa, seu primeiro caso ocorreu nos Estados Unidos e não na Espanha. O primeiro paciente foi o soldado Albert Gitchell, que foi internado com sintomas de gripe, na enfermaria de Fort Riley, em 11 de março de 1918.

Nas semanas seguintes, mais de outros mil soldados desse local foram internados com os mesmos sintomas. Acredita-se que a doença foi disseminada no mundo por meio das tropas norte-americanas que participavam da Primeira Guerra Mundial.

O local de origem dela ainda é desconhecido, mas ao contrário do que se pensa, seu primeiro caso ocorreu nos Estados Unidos e não na Espanha.

No Brasil, a gripe chegou em setembro de 1918 e se espalhou por todos os estados do país rapidamente, causando a morte de 35 mil brasileiros. Durante os séculos XX e XXI diversos estudos foram conduzidos, mas até hoje não se sabe a origem da gripe, uma das teorias é que essa mutação do vírus Influenza passou das aves para os humanos.

Sobre a nomenclatura: O termo “espanhola” não faz referência ao local de origem da doença, mas sim por ser o país que mais divulgou as notícias sobre a gripe ao mundo. Devido à guerra estar acontecendo, os países não divulgavam os números para não abaixar a moral das tropas, porém como a Espanha se manteve fora do conflito, sua imprensa podia noticiar livremente os dados da pandemia. Dessa forma as informações divulgadas por eles ficaram conhecidas no mundo todo, levando o nome de gripe espanhola.

Disseminação: Sabe-se hoje que, a doença se alastrou em três ondas: em março de 1918, em agosto de 1918 e em janeiro de 1919. Dentre elas, a mais letal foi a segunda, por ter sido a mais contagiosa e a com mais índices de mortalidade.

A pandemia chegou no Brasil em 1918 por meio de uma embarcação que veio contaminada da Inglaterra, e passou por diversas cidades do país, como Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

Ao todo, somente algumas ilhas e terras setentrionais conseguiram escapar da gripe espanhola. No resto do mundo os sistemas de saúde colapsaram devido ao número de infectados, e à medicina, que era pouco avançada e não conseguia descobrir maneiras de curar os que eram afetados pela doença.

Foram tomadas medidas emergenciais, como a criação de hospitais e leitos de campanha para tentar aliviar a dor dos infectados, e a obrigação do isolamento social e o uso de máscaras para reduzir o contágio. Também foi decretado na época o fechamento de escolas, igrejas, comércios e departamentos públicos, e a quarentena obrigatória no Brasil.

Resultados: A gripe espanhola foi a pior pandemia da história da humanidade, ela mostrou-se como uma doença letal e com altas taxas de contágio.

A pandemia foi mais mortal com a população jovem, de 20 a 30 anos. Ao todo, especialistas dizem que morreram cerca de 50 ou 100 milhões de pessoas. E o país que mais sofreu com ela foi a Índia, que teve cerca de 18 milhões de mortos.

Por João Pedro Barbosa, estagiário.

*Fonte gripe espanhola: https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/gripe-espanhola.htm