O primeiro estado brasileiro, em 2016, a sentir com mais força os efeitos da falta de água potável, foi São Paulo. Mas outros estados, como o Rio de Janeiro e Minas, estão caminhando rumo à escassez de água própria para o consumo. Certamente isso foi um tapa de luva na empáfia de muitos paulistas e cariocas (e não somente), frente ao fato da maioria esmagadora pensar que só falta água no nordeste brasileiro.

A falta de água, sobretudo no período do verão, já é algo conhecido e familiar, na maioria dos Estados do Brasil, e aqui em Guarapari/ES, não é diferente. É mesmo algo patológico e crônico, embora muitos relutem não querer admitir. Nessa primeira semana de 2017, começou a faltar água em algumas residências. 

Hartung e Edson Magalhães descerraram a placa comemorativa do novo reservatório de água da Cesan. Foto: João Thomazelli/Portal 27

Segundo a CESAN, que é a Companhia Espírito Santense de Saneamento – uma empresa de abastecimento de água e saneamento básico do Estado brasileiro do Espírito Santo, criada em 1967 – para resolver esse antigo problema, recentemente o município de Guarapari inaugurou um novo reservatório com capacidade para cinco milhões de litros d’água. Divulga-se que o mesmo está cheio e os mananciais estáveis. Com esse novo reservatório, a empresa de economia mista (CESAN), que atente 52 dos 78 municípios capixabas, e que tem o Governo do Estado do Espírito Santo como seu acionista majoritário, espera dobrar a capacidade de produção de água na cidade. Digamos que esse verão será um teste para a empresa, que atende a sociedade pelo número 115.

A falta de chuvas não é a única responsável pela seca que pode deixar o consumidor sem água. Para refrescar a memória, no início do ano de 2015, o Prefeito de Guarapari na ocasião, Orly Gomes, fez o decreto 046/2015, onde determinou restrições para o uso de água potável no município, prometendo, inclusive, punir os infratores. A questão é que não existe fiscalização oficial para isso. Assim, toda a sociedade tem o poder e a responsabilidade de vigiar o uso indiscriminado da água.

Reservatório de mais de 5 milhões de litros d’água foi inaugurado na semana passada.

Os parcos investimentos e a falta de planejamento dos gestores públicos são, apenas, alguns dos motivos que estão levando os estados mais importantes do país a uma crise hídrica sem precedentes. Fato é que o poder público e a população têm sua parcela de culpa. Mas também podem ter suas grandes parcelas de contribuição para melhorar essa situação. O desperdício de água sempre foi latente, com vistas grossas dos gestores públicos, que também deixaram de investir num sistema mais moderno e na educação ambiental visando o desperdício de água, o que pode trazer sérios problemas a curto, médio e longo prazos.

Por trás de toda essa história, existe uma verdade maior; as cidades tendem a receber um quantitativo de pessoas muito acima do que elas podem comportar, o que prejudica o abastecimento de água potável. A população brasileira pouco ajuda a natureza, nunca se preocupando em deixar de desperdiçar água potável. É muito comum no Brasil a lavagem de calçadas, carros, quintais, etc., como se a água nunca fosse acabar. Não que fazer essas coisas seja errado, mas certamente pode ser feito com uma certa moderação e num tempo menor.

Nesse verão, vamos dar um “banho” de educação e conscientização nas pessoas a respeito do bom e consciente uso da água.

À propósito, as denúncias de desperdício de água podem ser feitas nos números:

(27) 3362-9423 ou (27) 3362-9580, e/ou no e-mail: [email protected]

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