Um vídeo do deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) que está circulando pelas redes sociais, mostra o parlamentar fazendo duras acusações contra o Promotor de Justiça Otávio Guimarães Gazir e também contra o ex-vereador José Raimundo Dantas (PEN).
Segundo o deputado existe abuso de autoridade em Guarapari. “Já recebemos várias denúncias de um promotor chamado Otávio de Guarapari, que é useiro e vezeiro em abrir a gaveta da sua sala e mostrar revolver para as pessoas que ele intima para tomar conhecimento de alguma coisa”, disse ele em discurso na assembleia nesta segunda-feira (5).
O deputado fez o discurso se referindo ao abuso de autoridade e mencionou até o juíz Sérgio Moro. “O que se percebe no Brasil, e tem muita gente só preocupada em agradar Sérgio Moro, fazer média, mas esquece de discutir o que aflige a população. Nos temos aqui no Espírito Santo, 45% dos presos capixabas estão presos ilegalmente. Estão presos por abuso de autoridade, sem decreto de prisão, sem denúncia, esquecidos dentro das cadeias”, declarou o deputado. Veja o vídeo.
“Quero ver ele repetir o que disse sem usar a imunidade”
Procurado pela reportagem do Portal 27 para comentar o assunto, o ex-vereador e atual presidente municipal do PEN, José Raimundo Dantas, pediu que o deputado prove o que disse.
“Ele está usando a imunidade parlamentar dele para acusar as pessoas. Eu não tenho nada com esses táxis e muito menos tenho nada em Ecoporanga. Ele se esconde nessa imunidade para atacar as pessoas. Quero que ele venha para uma rádio ou fale o que ele falou na imprensa, sem usar de sua imunidade”, afirmou Dantas, que pensa em processar o deputado caso isso ocorra.
Dantas afirmou ainda que se o deputado provar o que disse, ele vai doar o carro para uma instituição de caridade. “Se ele provar que eu tenho algo a ver com as coisas que ele disse, eu dou meu carro para a APAE”, disse.
Ministério Público. O Portal 27 também procurou o Ministério Público do Espírito Santo para comentar sobre as alegações do deputado Enivaldo dos Anjos, mas até a publicação desta reportagem, o órgão não respondeu.