Muito abalados, os familiares sepultaram nesta segunda-feira (28) a universitária Ana Carolina Carriço, de 18 anos, no Cemitério Parque Paraíso em Guarapari. A família da universitária, que morreu em um violento acidente de carro no último sábado, na Praia do Morro, não acredita em racha, mas quer descobrir quem estava no outro carro.

Após a divulgação das imagens por toda a imprensa, a família suspeita que um carro- um Palio- tenha tocado no carro de Felipe, fazendo com que ele perdesse o controle e batesse no poste.
O irmão da vítima, Ewerton Felipe Carriço dos Santos, 22 disse que sua família não acredita que Felipe participaria de um racha. “Eu vi o vídeo e percebi que o carro atrás deles é que deu um cavalo-de-pau. Nós queremos descobrir quem estava no carro preto, pois o Felipe nem de adrenalina gosta”, disse Ewerton.
Reveja o vídeo
Reagindo. Felipe Braga Vargas, está no Hospital Metropolitano, na Serra, onde continua internado em estado grave na UTI. De acordo com as informações, Felipe continua em coma, teve várias hemorragias, mas tem reagido bem aos medicamentos, já mexendo inclusive braços em pernas.

A mãe de Ana Carolina, Mauricéia Carriço, apesar de muito abalada com a morte da filha, disse que procurou a mãe do Felipe para esclarecer que não o culpa pela morte de sua filha. Segundo Mauricéia, ela não está aqui para julgar. “Minha filha foi um presente de Deus na minha vida e nada vai trazê-la de volta”, disse.
Homicídio doloso. O delegado de trânsito Fabiano Contarato disse hoje à imprensa que só irá investigar o caso, se houver um pedido por parte do Secretário de Segurança Pública. Mas afirmou que o crime de racha prevê pena de seis meses a dois anos de reclusão.
“A delegacia abrange Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica e Viana. O racha é crime. Quando você participa de corrida, disputa, competição não autorizada, a pena é de 6 meses a 2 anos”, disse Contarato rádio CBN dizendo ainda que a pena prevista em caso de mortes no trânsito chega a seis anos de prisão.

“O motorista que está sem habilitação, que tá batendo pega, que está alcoolizado, o carro está sendo utilizado para matar alguém. Então nós não podemos conceber que a pena seja uma cesta básica, por exemplo. No caso de motorista que estava batendo racha e sobreviveu, o indiciamento é em cima do dolo, ele assumiu o risco. Poderia até ir à júri popular. Esse seria o meu procedimento, só que eu tenho uma limitação, já que não sou responsável pela apuração dos casos ocorridos no interior do Estado”, explicou à rádio.