Duas entidades de Guarapari demonstraram apoio público à retomada das atividades da Samarco Mineração. Com outdoors espalhados em vários pontos da cidade, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Guarapari (CDL) registrou a confiança nos valores e princípios da empresa.
“A CDL Guarapari acredita na seriedade da empresa, isso não quer dizer que achamos que ela não deve ser responsabilizada pela tragédia de Mariana e nem pelo impacto ambiental do rio Doce. Mas tanto em Mariana como em Guarapari e Anchieta, muitas famílias dependem diretamente que a empresa volte a operar”, explicou Aguinaldo Ferreira Junior, superintendente da CDL Guarapari.
Ainda de acordo com Aguinaldo, milhões de Reais vão deixar de circular no comércio de Guarapari e Anchieta. Além de que, muitas empresas que dependem da Samarco, vão deixar de existir, aumentando ainda mais o número de desempregados na região.
Ainda não existem números concretos sobre a queda no faturamento dos comércios de Guarapari em função das paralisações das operações da Samarco, mas com relação a arrecadação de impostos, tanto Guarapari como Anchieta já têm estimativas, como pode ser conferido aqui e aqui.
Para o empresário Renato Célio de Mendonça, Venerável da Loja Maçônica Retidão e Justiça, a colocação do outdoor em apoio ao retorno das operações da Samarco não isenta a empresa de responsabilidade.
“Não estamos dando carta branca para a Samarco, mas torcemos sim, para que a empresa volte a operar. Estamos completamente solidários às famílias e municípios que foram afetados diretamente pela tragédia, mas as pessoas daqui também precisam de seu sustento e milhares de famílias de Guarapari, Anchieta e Piúma dependem da Samarco”, concluiu Renato.
No último dia 27 de novembro cerca de 500 pessoas fizeram uma caminhada em solidariedade à Samarco Mineração. Os participantes, entre funcionários diretos e terceirizados e moradores das cidades do entorno da Samarco, caminharam até a portaria principal da empresa em demonstração de apoio à mineradora.