A prefeitura de Guarapari divulgou recentemente que a farmácia da UPA da cidade já realizou mais de 4 mil atendimentos. (Reveja aqui). Mas ao que parece, a realidade de quem procura a farmácia do local não é bem essa.

Covid-19. Um morador entrou em contato com a nossa equipe e nos disse que após sua esposa começar a sentir os sintomas da Covid-19, foi até a UPA na terça-feira (28). “Minha esposa acordou com os sintomas do Coronavírus e foi no UPA. Dos remédios indicados nem paracetamol tem na farmácia do município. Um absurdo. Gastei quase 150 reais de remédio. E como ficam as pessoas mais humildes se precisarem dos medicamentos? ”, desabafou.

Um simples paracetamol recomendado pelo médico e um dos remédios mais básicos não tinha na farmácia

Sem testes. Segundo ele, sua esposa não foi testada para saber se estava realmente com Coronavírus e da receita que recebeu do médico com 10 remédios, só tinha o item 8 (Prednisona). Um simples paracetamol recomendado pelo médico e um dos remédios mais básicos não tinha na farmácia, conforme comprova a própria receita enviada (Foto acima) para nossa equipe.

Resposta. Entramos em contato com a prefeitura para que ela nos respondesse sobre o assunto, e para nossa surpresa, ao contrário do que tem feito nos últimos meses, ela nos respondeu. Na verdade mandou uma “matéria” completa. Confira abaixo integra enviada pela prefeitura.

“Desde sua inauguração, no dia 11 de junho, a farmácia da Unidade de Pronto Atendimento de Guarapari (UPA) já realizou 4.282 atendimentos. A farmácia funciona 24h e os pacientes da Upa recebem a medicação para continuar o tratamento em casa.

“Antes, quando a pessoa era atendida na UPA, ela recebia a receita e tinha que buscar o medicamento em uma farmácia municipal. No final de semana, era preciso esperar até segunda-feira para pegar o remédio. Agora, o paciente já sai com o medicamento da UPA, independente do dia”, disse a Secretária de Saúde, Alessandra Albani.

Para o farmacêutico do município, Marcos Vinícius Lacerda de Oliveira, os números são muito positivos. “Esses números mostram que o nosso objetivo, de fazer com que as pessoas prossigam o tratamento imediatamente após a alta, tem sido alcançado”, disse Marcos.

Marcos explicou ainda que o índice de cobertura de medicamentos na farmácia é de 91%, um número considerado muito positivo, uma vez que os outros 9% são medicamentos novos que entraram recentemente na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) e outros que estão com falta de matéria prima para produção no país.

“Esses novos medicamentos, que entraram para a Remume recentemente, já estão sendo adquiridos pelo município. Foi realizada a licitação e em breve serão realizadas as atas de compra”, finalizou o farmacêutico.”