O médico que trabalhava na Unidade de Pronto atendimento de Guarapari (UPA) e havia sido denunciado por negligencia médica através de uma reportagem do portal 27 foi afastado do serviço na UPA.

De acordo com a prefeitura, “A secretaria Municipal de Saúde informa que o médico não foi demitido, ele foi afastado, uma vez que era contratado, ou seja, ele não possui vínculo efetivo com a Prefeitura de Guarapari. A gestão afirma que abriu uma sindicância para apurar os fatos.”, disse o município através de nota.

Unidade de Pronto Atendimento de Guarapari. foto: Portal 27

Morte. No dia 11 de março, uma reportagem do portal 27, mostrou o caso do senhor Francisco Gomes de Oliveira, de 66 anos. Ele morreu no dia 18 de janeiro quando buscou o segundo atendimento na UPA.

Segundo a família, o idoso foi atendido pelo médico Francisco Loures que diagnosticou o paciente com dengue, deu uma injeção para dor e mandou o homem para casa. “No outro dia ele piorou porque ele já era idoso e diabético, então o caso dele piorou muito e quando retornamos com ele já não teve jeito mais”, disse a filha, Maria Cláudia Cardoso.

Francisco Gomes de Oliveira, de 66 anos, morreu no dia 18 de janeiro.

Ela acusou o médico de negligência e revelou que outro médico que atendeu seu pai no dia em que ele morreu, chamou atenção do colega que prestou o primeiro atendimento. Acionada pela reportagem, a prefeitura  informou que faria uma apuração dos fatos.

Defesa. Procurado por nossa reportagem para comentar o seu afastamento, o médico Francisco Loures disse que “O afastamento é por parte da secretária de saúde, eles estão começando agora e não estão querendo nada que dê confusão para eles. Acredito que seja isso”, disse.

Em relação a morte do paciente o médico afirmou que “isso tem que olhar na papelada lá porque eles estão alegando que foi negligência. Mas negligência não teve nenhuma não. O paciente fez todos os tipos de exame, fez tudo. Ele foi bem assistido e falei para ele voltar no outro dia para repetir os exames e passei os antibióticos para casa e ele não usou. Nessa parte estou tranquilo e não tenho nada a acrescentar”, afirmou ele.

Volta. Ele explicou que após a investigação,  se comprovada sua inocência pode voltar a trabalhar na UPA. “É um afastamento mesmo. Depois que acabar isso tudo se eu quiser voltar, eles me chamam de novo”, explicou.

A comissão de saúde da Câmara Municipal também está apurando a situação e chegou a se reunir com a filha do senhor Francisco. Para Maria Cláudia, o afastamento do médico é um alívio. “Achei positivo, já que se ele realmente estava sendo negligente. A sociedade agradece e eu agradeço também. Ele foi responsabilizado por uma tragédia na minha família”, disse ela.

Ainda de acordo com Cláudia, isso pode chamar atenção de outros profissionais. “Isso é um exemplo para os outros médicos e enfermeiros também, para que trabalhem com competência porque eles estão lidando com vidas de seres humanos e não podem trabalhar de qualquer forma”, finalizou.

 

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