Era para ser apenas um passeio de família, mas acabou virando momento de desespero, quando três, dos cinco turistas mineiros, tiveram os celulares roubados enquanto caçavam Pokémons – jogo para smartphones de interatividade virtual com o mundo real -, na noite de ontem, na orla da Praia do Morro, em Guarapari.

pokémon
Os mineiros ficaram assustados com o assalto. Eles visitavam Guarapari pela primeira vez. Foto: Vinícius Rangel.

Após dois dias de lançamento do jogo, que hoje se tornou febre mundial, as consequências começaram aparecer. Segundo um eletricista de 36 anos, morador de Betim, MG, a caçada aos Pokémons dos dois sobrinhos, ambos de 13 anos começou por volta das 22h. Além dos sobrinhos, estavam o filho do eletricista de quatro anos e a esposa de 34.

Ao chegarem próximo ao quiosque 20, eles foram cercados e rendidos por três homens armados que estavam em cima de uma bicicleta e de bonés. Os bandidos exigiram que o eletricista e os dois adolescentes entregassem os celulares, para não serem mortos. Assustados, eles não pensaram duas vezes e entregaram os telefones aos assaltantes.

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Os pokémons aparecem em vários lugares da cidade e precisam sem capturados para evoluir no jogo.

“Os meus sobrinhos queriam caçar Pokémons e nós já tínhamos acabado de assistir ao jogo do Atlético Mineiro em um bar e resolvemos caminhar um pouco. Quando passamos próximo ao quiosque 20, dois homens pararam atrás da gente e outro ao nosso lado. Ali mesmo eles nos mandaram entregar o celular e mantiveram a arma apontada para os meus sobrinhos, pedi que eles abaixassem e entregamos os celulares, foi desesperador” disse o eletricista.

Os assaltantes fugiram em direção ao final da Praia do Morro. A família chegou próximo ao posto policial que fica a menos de 30 metros do local e avisaram aos policiais que estavam ali. Os militares realizaram buscas pela região, mas ninguém foi encontrado. O eletricista disse que essa é a primeira vez que visita a Cidade Saúde e agora ele e a família estão assustados.

“Fizemos minutos depois do assalto, o boletim de ocorrência na 5ª Delegacia Regional da Cidade e deixamos contatos com os plantonistas, para caso alguém seja preso, nossos celulares pudessem serem encontrados, mas estamos sujeitos a isso em qualquer lugar. Saímos de Betim para sermos assaltados aqui. Os bandidos estão cada vez mais ousados e informatizados. Um jogo de celular acabou causando isso tudo, temos que nos resguardar”, disse ele.

Os adolescentes contaram que sabem que não podem reagir a um assalto e acreditam que uma das armas apontadas para eles, era de brinquedo. Porém, agora sem celulares, eles demonstraram tristeza por não poderem mais ter acesso ao jogo. “Agora vamos ficar sem jogar, mas pelos menos estamos vivos. Vamos aguardar ganhar um novo telefone”, disse um deles.

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