O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da força-tarefa de investigação dos crimes cometidos durante o movimento paredista da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (PMES), em fevereiro de 2017, e da Promotoria de Justiça junto à Vara da Auditoria Militar, divulgaram dados dos trabalhos realizados.
Criada em março de 2017, com o objetivo de acompanhar e participar das investigações dos ilícitos cometidos durante a paralisação da Polícia Militar, a força-tarefa priorizou, inicialmente, a apuração dos homicídios consumados, dos incêndios de ônibus, latrocínios, ações das mulheres e parentes de policiais e crimes militares.
Logo no início da paralisação, o MPES constituiu um comitê de gestão de crise, composto por promotores e procuradores de Justiça, que trabalharam intensamente para solucionar os impasses e garantir a proteção da sociedade, tomando medidas judiciais e extrajudiciais, inclusive com o emprego constante de técnicas de mediação, promovendo o diálogo entre os envolvidos.
Após a paralisação, além da força-tarefa, o MPES atuou em relação ao movimento paredista por meio do Núcleo Permanente de Autocomposição de Conflitos (Nupa) e promotores que participaram da conciliação entre as associações militares e representantes do Governo do Estado, além da atuação da Promotoria de Justiça junto à Vara da Auditoria Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Principais números do novo relatório:
– Roubos: Ações Penais ajuizadas pelo MPES: 172
– Furtos: Ações Penais ajuizadas pelo MPES: 154
– Ataques a ônibus: Dos cinco casos, três foram denunciados e representados e dois arquivados por desconhecimento de autoria.
– Latrocínios: três denúncias (dois outros Inquéritos Policiais foram concluídos em novembro e resultarão em denúncias). Três casos ainda estão sob investigação.
– 25 IPMs concluídos
– 14 denúncias oferecidas à Justiça
– 30 militares denunciados – oito oficiais e 22 praças