Ao andar pela orla da Praia do Morro, em Guarapari, é comum se deparar com os banheiros públicos fechados. O que para alguns passa despercebido, para outros se torna um problema, como no caso da assistente de departamento pessoal Izabella Barboza.

A jovem, de 25 anos, utiliza o calçadão da praia para fazer caminhadas ou corridas todos os dias, por volta das 17h30. Por beber muito líquido, Izabella constantemente sente vontade de ir ao banheiro durante o exercício, mas, sempre que precisa, não encontra algum responsável pela chave do local.

Quem estiver na Orla e precisar usar o banheiro em uma emergência vai ter dificuldades. Foto: Wilcler Lopes/Portal27

“Os banheiros ficam trancados e apesar de cobrarem uma taxa de uso, nunca há alguém para receber o valor e abrir os sanitários. Já teve ocasiões em que eu tive que voltar para casa no meio do exercício, porque precisei e não pude utilizar um dos banheiros da praia”, relata a moradora.

Ao todo, são nove conjuntos de banheiros distribuídos pela orla, sendo três deles para deficientes. Para utilizá-los, é cobrada uma taxa de R$ 1,00, que é paga aos quiosqueiros responsáveis pelos sanitários. No entanto, esses espaços só podem ser utilizados de acordo com o funcionamento do quiosque mais próximo, como explica o presidente da Associação dos Quiosqueiros, Omar José Riani.

Ao todo, são nove conjuntos de banheiros distribuídos pela orla, sendo três deles para deficientes. Foto: Wilcler Lopes/Portal27

“As chaves ficam nos quiosques mais próximos de cada banheiro. Devido à baixa temporada, quando há pouco movimento, os quiosques acabam fechando mais cedo e às vezes nem abrem. Com isso, não fica ninguém para abrir os banheiros. Nós recebemos reclamações, mas não temos condições de pagar alguém para ficar apenas por conta disso. Já tentamos, mas não deu certo”, argumenta.

Omar ainda afirma que a associação aceitou assumir os banheiros, que anteriormente eram administrados pela prefeitura, devido às diversas reclamações recebidas, mas a ideia agora é devolver a responsabilidade para o órgão. “É uma situação complicada, não estamos dando conta. Ainda não tivemos a oportunidade de fazer isso efetivamente, mas estamos pensando em negociar para que a prefeitura torne a administrar os banheiros”.

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