O quê assusta o político é o povo, ainda mais se este povo estiver unido! Parece uma dicotomia já que diante do que expressa nossa constituição o político é o povo investido num cargo representativo com poder de decisão. Nenhum poder teria o político se o povo não lhe outorgasse um mandato, destarte, deve o político estar ao lado desses que o elegeu.

A nossa Carta Mãe (Constituição – art.1º), aduz que estamos num Estado Democrático de Direito cujo poder emana do povo, portanto, não deveria o político estar afastado deste, nem muito menos tomar decisões contrárias ao desejo da sociedade. É óbvio que quando falamos em sociedade falamos de uma Unidade, sem discriminação de raça, cor, credo ou qualquer outra diferença existente entre as pessoas.

Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação em Guarapari. Foto: João Thomazelli/Portal 27

Por outro lado, quando o povo não quer a presença dos políticos nos atos públicos que são ideologicamente políticos, há uma incoerência ante aos próprios alicerces da formação do Estado, pois se o povo tem um representante – legislador, este deve ser chamado a prestar contas de suas decisões diante das questões importantes e que afetam toda a sociedade. Dito isto, acredito que os líderes das manifestações devem rever suas diretrizes quanto à participação ou não dos políticos.

Acredito que os políticos, especialmente aqueles com mandato, devem participar sim das manifestações, de forma coordenada, para expressarem seus pensamentos sobre as matérias que são pautas dessas manifestações. Por exemplo, o que pensam nossos Deputados Federais (representantes do povo no Congresso Nacional) sobre o impeachment da Presidente Dilma – principal pauta das manifestações? Precisa-se saber se os outorgados estão agindo de acordo com a vontade dos outorgantes.

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