Após três manifestações seguidas durante a sessão de quinta-feira na Câmara Municipal de Guarapari, o presidente da Casa de Leis se reuniu com o sindicato e um grupo de ex-funcionários do rotativo para discutir as demandas apresentadas. Durante a reunião, foi acordado que na próxima sessão, o presidente vai apresentar requerimento pedindo a criação de uma comissão para investigar o sistema na cidade.

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Na próxima sessão o presidente vai apresentar requerimento pedindo a criação de uma comissão para investigar o rotativo.

“Diante das demandas apresentadas pelos ex-funcionários e o sindicato vimos a necessidade de criar uma comissão de investigação para investigar possíveis irregularidades no sistema que atualmente está devendo os agentes que foram demitidos”, ressaltou Wanderlei Astori.

Durante a reunião, uma das diretoras do sindicato desabafou com os vereadores: “como que a empresa pede ao trabalhador para parcelar o seu pagamento? Eles recebem três parcelas de 400 reais. Como eles vão arcar com os compromissos financeiros deles? O cartão de crédito, o aluguel da casa, os compromissos de uma forma geral não parcelam”.

O vereador Lincoln Cavalcante ressaltou que “o legislativo não pode revogar um contrato, já que para revogar o contrato do rotativo com a prefeitura, o serviço vai acabar na cidade. E acredito eu que o objetivo não seja esse. “A empresa citada realiza um serviço terceirizado, mas é um serviço prestado diretamente para a prefeitura. Nós do poder legislativo não temos poder de fiscalizar as empresas terceirizadas”.

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O Sindilimpe poderá escolher os nomes dos vereadores que irão participar da comissão de investigação.

E a diretora do sindicato insistiu: “vocês foram eleitos para fiscalizar a prefeitura, os projetos de leis para a população. O que aconteceu? A empresa entrou em uma licitação e ganhou o contrato e assim ela teve o direito de trabalhar normalmente. Mas aí a empresa começou a atrasar os salários, não pagar o ticket de alimentação e vale transporte no prazo, e os trabalhadores passaram a desembolsar para comprar os equipamentos de segurança. Nos reunimos com os vereadores para apresentar a situação, mas no outro dia veio a surpresa: quem estava questionando foi demitido”.

Dessa demissão, segundo a diretora, a empresa não fez o acerto com os trabalhadores. “O erro começou na prefeitura, mas de lá o erro veio para a Câmara porque os agentes foram indicados pelos vereadores. Por isso nós estamos aqui na Câmara para pedir aos vereadores que ajude esses trabalhadores a receberem o que é de direito deles”. Ainda segundo ela, a empresa não deposita o pagamento dos funcionários através de conta bancária. Os salários, quando são pagos, são entregues diretamente para os agentes.

A assessoria de comunicação da prefeitura informou que respeita a independência dos poderes e que qualquer questionamento feito à prefeitura será respondida pela procuradoria. tentamos contato com a VGN, mas até a publicação desta reportagem, não obtivemos respostas.

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