Na tarde desta terça-feira (18) um grupo de cadeirantes se reuniu na porta da Secretaria Municipal de Saúde, em Muquiçaba, para reivindicar a compra do material de higiene que eles recebem e está em falta desde fevereiro.

O grupo de cadeirantes se reuniu na frente da Secretaria Municipal de Saúde para pedir a compra do material de higiene, que está em falta há cinco meses.

Segundo o corretor de imóveis Marlon Pimentel, estão em falta a sonda número 12, a pomada anestésica Xilocaína, gaze, micropóre e luvas. Ele relatou que a compra do material foi prometida em uma reunião que aconteceu há mais de um mês. “Estamos há cinco meses nessa batalha pelo material de higiene pessoal. Precisamos da sonda para urinar e ela está em falta. Fizemos uma primeira reunião há 45 dias e nos prometeram ela, mas demorou e não chegou”.

O grupo foi ouvido pela secretária de Saúde Alessandra Gaigher. Ela explicou que a secretaria conseguiu o fornecimento do micropóre e o anestésico para atendê-los, mas o que ficou faltando foi a sonda número 12. “Nós abrimos um processo de insumo emergencial porque o processo mãe está sendo finalizado e iria demorar. Essa sonda número 12 no emergencial foi uma empresa que ganhou, mas no ato do contrato ela não quis mais participar e fornecer. Então nós tivemos que desclassificá-la e chamar a segunda colocada. Nós fizemos isso ontem e provavelmente vai ser publicado isso hoje e a segunda colocada vai se apresentar”.

Enquanto a sonda número 12 não chega a secretária propôs entregar a número 14. “Expliquei para eles que tenho como fornecer a sonda número 14 que pelo menos ameniza um pouco o problema. Nós escutamos a situação de cada um e vamos tentar resolver da melhor forma possível para atendê-los até que a gente consiga finalizar essa situação da contratação da empresa no emergencial”.

Marlon explicou que o grupo aceitou a proposta porque o uso de sondas reaproveitadas podem causar infecções.

“Vai ser uma medida paliativa porque eles vão nos dar uma sonda com número diferente da que precisamos, mas dá para usar até chegar a número 12, que é a que a gente usa. A 14 tem uma largura bem maior e para passar no canal da uretra é mais difícil para alguns, mas outros já usaram e estão adaptados. Eu mesmo já usei uma vez e para mim é tranquilo. Entre usar a 14 e usar a recondicionada prefiro a 14”, disse Marlon sobre a proposta da secretária.

Ele explicou ainda que os cadeirantes reaproveitam a sonda enquanto ela tem condições de uso, mas isso pode causar infecções urinárias. “Estamos usando a recondicionada há muito tempo e só descartamos ela quando começa dobrar  e aí não presta mais. Enquanto ela está firme a gente vai lavando, fervendo, desinfetando e usando. Mas, por mais que você tenha cuidado sempre tem a chance de a gente pegar uma infecção maior. Eu fui parar na UPA há 15 dias porque eu estava com uma infecção acima do normal”.

Segundo a secretária, a previsão é de que a compra da sonda número 12 seja finalizada na próxima semana. “Até fevereiro nós tínhamos ainda em estoque a sonda número 12 e eles receberam. A 14 não atende a todos, mas aos que atende nós vamos providenciar para essa semana ainda. Os outros a gente vai ver o que consegue fazer para atendê-los. Agora a compra da número 12 provavelmente na semana que vem a gente já consegue finalizar o ganhador para poder fornecer esse material para eles”.

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