Na tarde de hoje, o governador Renato Casagrande anunciou diversas medidas para conter o avanço da covid-19, dentre estas medidas estão a prorrogação da quarentena até abril e a retirada de serviços da lista dos considerados como essenciais. Diante disto, a Câmara de Dirigentes Lojistas fez uma nova projeção: devem ser perdidos mais de R$100 milhões durante a quarentena em Guarapari.

A nova projeção praticamente dobra a anterior, que havia previsto um prejuízo de R$50 milhões para a cidade durante os 14 dias de quarentena. No entanto, como as novas medidas restritivas impactam ainda mais no comércio e na circulação de pessoas, mais dinheiro deve ser perdido.

O comércio terá prejuízo de mais de R$100 milhões, afirmou a CDL. Foto: Ilustrativa

Aguinaldo Ferreira, superintendente da CDL – Guarapari, comentou a situação e o motivo pelo qual a nova projeção de prejuízo ultrapassou a casa dos R$100 milhões, citando inclusive o exemplo da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que havia declarado um lockdown durante a semana santa, mas voltou atrás na decisão.

“A previsão dos 14 dias era de R$50 milhões, mas agora com mais 8 dias e com o impacto negativo nós iremos ultrapassar os R$100 milhões de prejuízo. Durante esse período, do dia 18 até agora, até os serviços essenciais tiveram prejuízo, muitas pessoas não compraram lá. Nossas empresas são de pequeno e médio porte, agora o faturamento delas irá para próximo de zero com a retirada delas dos serviços essenciais”, disse Aguinaldo.

Aguinaldo comentou que acredita que a restrição do comércio não ajuda a solucionar o problema, mas cria outros.

Que completou. “Nós acreditamos que o que funciona de fato é a vacinação em massa, a conscientização das pessoas e a fiscalização das festas ilegais que ocorrem. Na Alemanha a chanceler Angela Merkel voltou atrás na decisão do lockdown por perceber que se equivocou na medida, aqui irão fechar um pouco mais por perceberem que não adiantou.”

Por fim, Aguinaldo comentou sobre uma carta enviada ao governador pela CDL, na qual informava que a organização era contrária a essa medida e que não acreditava que resolveria o problema penalizando os trabalhadores.

“Nossa federação fez uma carta aberta e informamos ao governado que somos contrários a essas medidas, o comércio está sofrendo muito desde o ano passado e já vimos que o comércio fechado não resolve, penalizar os trabalhadores também não. Além do problema sanitário nós vamos nos envolver em um econômico e social”, finalizou o superintendente da CDL de Guarapari.