Com a derrubada e possível extinção nada precoce do governo do PT, será que finalmente é hora de a esquerda limpar as gavetas dos gabinetes e ir para a Coréia do Norte? Ainda não.

É fato que o PT personificou a duras penas a figura do Socialismo de Boutique, Na Moda, Totalmente In, Socialismo de Novela das Oito.

Cumprindo mais ou menos o planejamento lá de trás da saudosa (arghh!) Escola de Frankfurt, a esquerda se apropriou da Superestrutura, quando entendeu que sair na mão com o ícone capitalista máximo (United States Of America) seria suicídio.

PTOs caras, de forma diabolicamente genial, diga-se, entenderam que transformar o pensamento vitimista (calma, já me explico, relaxe) em bandeira, faria com que o intuito político-econômico de qualquer embate entre populismo e meritocracia, fosse relegado à vala comum do choro social.

Dar o famoso Bolsa-Família, não extirpou a pobreza, senão, apenas a congelou. Um plano de ajuda social que apenas cresce, não pode ser chamado de vitorioso. O ideal seria que cada vez menos pessoas precisassem dessa ajuda, tornando a abrangência menor e, portanto, menos necessária.

Mas nós “opressores – capitalistas – burgueses – conservadores fundamentalistas cristãos” sabemos os porquês desse crescimento. “Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida” – Lao-Tsé

A esquerda aparelhou não somente a máquina pública, mas também a mídia e o sistema de ensino. Estatizou o vocabulário e normalizou qualquer discussão sobre política, dividindo “nós e eles”. Nós, no caso, os vilões.

dilma-rousseffSeu filho, uma hora dessas, está tendo aulas com um professor que, com os olhos marejados de lágrimas emocionadas, lhe fala de Marx como se estivesse falando do Batman. Segue a linha editorial do MEC repetindo como um mantra, que o socialismo é lindo e que os cubanos atravessam da Ilha de Fidel até Miami por que gostam de velejar e brincar de pega-pega com tubarões.

É salutar.

Em momento algum você me verá impondo qualquer viés político que seja, pois entendo a necessidade de pluralidade e universalização do ensino. Que também seja ensinado o valor do trabalho e da conquista pelo esforço. Fora o fato de que as universidades, sobretudo as Públicas, formam MILITANTES, quando em um mundo ideal e desenvolvido, deveriam formar ACADÊMICOS.

Essa rede se arrasta e se propaga afundando os índices de avaliação educacional e colocando o Brasil na honrosa posição 60, atrás de “potências educacionais” como o Irã, por exemplo. Mas aos brados, o (ex) governo, de forma anamórfica, relincha: Somos a Pátria Educadora!!

Não somos!

Com toda essa fabricação em massa de cabeças mecatronicamente moldadas, que recebem e repetem, sem que haja processamento entre as duas únicas funções biológicas do mecanismo cerebral, não existirá alta cultura que resista.

Márcio Yguer
Márcio Yguer é músico, produtor musical e filósofo

Ruir as bases culturais é colocar um pedacinho do Muro de Berlim, do lado Oriental, lógico, na estante como se fosse um troféu. Lá os caras espionavam quem ouvia Blues, Rock, Música Clássica e afins, que pudessem “corromper” o conceito de controle que se fazia necessário aos padrões socialistas implementados. Limitar a cultura ou subvertê-la, sempre foi uma tática importante de controle que a esquerda adora.

Prometo destrinchar melhor esse tema na próxima, surpresas virão.

Então, se derrubar o PT pode ter sido uma forma de fazer o monstro cambalear, somente a vigilância constante pode derrotá-lo de vez.

Como disse Luis Felipe Pondé, de forma magnífica, “Sem essa ação, não importam quantas Dilmas destruírem o Brasil, pois elas serão produzidas em série. A nova Dilma está sentada ao lado da sua filha na escolinha”.

Márcio Yguer é músico, produtor musical e filósofo.

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