A Eco 101, concessionária que administra a BR-101 no Espírito Santo, liberou para o tráfego, nesta segunda-feira (11), o trecho duplicado de 2,5 quilômetros entre os km 363 e 366, em Anchieta. A conclusão da obra é resultado do esforço da concessionária para obter licenças ambientais e autorizações judiciais relacionadas à liberação da faixa de domínio. Além da modernização da rodovia e melhora da fluidez do tráfego no local, as obras de duplicação utilizam no pavimento um material conhecido como asfalto borracha, que proporciona maior aderência aos pneus, principalmente nos dias de chuva, evitando derrapagens e reduzindo o spray causado pelos pneus na presença de água.

O asfalto borracha também é importante por outro fator: a preservação do meio ambiente. De acordo com o gerente responsável pelas obras de duplicação da Eco 101, Luis Salvador, o material utilizado na usinagem do concreto asfáltico é caracterizado por uma mistura de pó de pneu triturado com ligante betuminoso convencional produzido nas refinarias. Segundo ele, este tipo de pavimento de asfalto borracha é cerca de 40% mais resistente e durável do que o asfalto convencional. Como é mais resistente, necessitará, ao longo dos anos, de intervenções mais espaçadas e, consequentemente, provocará menos incomodo aos usuários da via.

O trecho duplicado de 2,5 quilômetros entre os km 363 e 366, em Anchieta, foi liberado para o tráfego nesta segunda-feira (11). Foto: Eco 101.

“Apesar de ter um custo um pouco mais elevado, optamos por adotar esta tecnologia pelos benefícios que ela possui. Neste sentido, nossa intenção foi justamente apostar num material que fosse mais resistente, além é claro da importância ambiental de dar destinação a resíduos considerados inservíveis. A cada um km de pista implantada com asfalto borracha, são utilizados 700 pneus de caminhão, ou 2.020 pneus de carros de passeio, que deixam de ser descartados na natureza e são reutilizados de forma sustentável”, explica Salvador.

De acordo com Salvador, todas as demais obras de duplicação da BR 101 utilizarão esta tecnologia. Nesta atual fase, além deste trecho de Anchieta, estão em andamento as duplicações nos municípios de João Neiva, Ibiraçu, Anchieta, Iconha (onde as obras do contorno já atingiram 50% do projeto), Viana e Guarapari (nestes dois municípios a partir de janeiro de 2018).

A aceleração das obras de duplicação nestes seis municípios só foi possível devido a ação da concessionária, que solicitou junto aos órgãos ambientais dispensa de licenciamento para estes trechos, com base na Portaria nº 289/2013, do Ministério do Meio Ambiente. Esta portaria permite ao órgão licenciador a possibilidade de avaliar casos específicos passíveis de dispensa de licenciamento ambiental, facilitando, assim, todo o processo para que as obras possam ser iniciadas. Este novo cenário permitirá uma série de avanços e conclusões em 2018. Até dezembro do ano que vem, a concessionária investirá um total de R$ 310 milhões na duplicação; outros R$ 110 milhões serão gastos no período com serviços operacionais no trecho concedido, o que inclui a continuidade da prestação dos serviços de ambulância e guinchos. Esses valores serão garantidos por aportes dos acionistas, de R$ 168 milhões, receita dos pedágios e financiamento do BNDES.

A aceleração dos investimentos também terá impacto no mercado de trabalho. Apenas nessas obras, o total de empregos diretos locais criados deve chegar a 440; indiretamente, as obras devem mobilizar outros 400 trabalhadores e os serviços de sete construtoras do Estado.

Investimentos totais. Desde o início da concessão, sem contabilizar os investimentos previstos para 2018, foram investidos R$ 940 milhões na BR 101/ES. Esses recursos garantiram: recuperação inicial da rodovia e eliminação de desníveis nos acostamentos (R$ 260 milhões), construção de instalações operacionais (R$ 39 milhões), avanços nas duplicações de quatro segmentos mais contorno de Iconha e construção de vias locais (R$ 161 milhões), passarelas e recuperação de estruturas (R$ 54 milhões), equipamentos e sistemas (R$ 126 milhões), serviços aos usuários (R$ 300 milhões).

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