A adolescente Glaucianny de Paula Lima, de 15 anos, que despareceu na última sexta-feira (16) quando saiu de casa, no bairro Adalberto Simão Nader, para ir para a casa do pai, no Kubitscheck, já está com a família. A garota foi localizada por uma das irmãs na Av. Paris, na Praia do Morro, no final da tarde, desta terça-feira (20).

Segundo a mãe de Glaucianny, a cozinheira Aparecida Braz de Paula, a menina estava em uma pousada. “Falaram que ela estava nesse lugar e a irmã foi lá para tirar foto do lugar e passar para a polícia porque a gente não sabia se ela estava lá por vontade própria ou se alguém estava mantendo ela lá. Aí quando chegou lá a irmã viu ela na varanda e começou a gritar dizendo que iria chamar a polícia. Então os donos abriram o portão e a Glaucianny saiu para conversar com a irmã e depois voltou para casa”.

Glaucianny de Paula Lima, de 15 anos, desapareceu na última sexta (16) e voltou para casa nesta terça-feira (20). Foto: Arquivo pessoal.

A adolescente afirmou que quando foi encontrada já pretendia voltar para casa e que está arrependida. “Eu estava me sentindo presa dentro de casa e quis sair, mas acabei extrapolando. Eu iria para casa às 18h ontem, mas eles chegaram antes. Estou muito arrependida e não vou fazer de novo”, disse Glaucianny.

Aparecida relatou que a filha disse que não fugiu com nenhum namorado e estava no local com amigos. “A explicação que ela me deu é que estava se sentindo presa. Eu falei para ela que é uma criança de 15 anos e não tem condições de deixá-la solta porque o mundo está muito difícil. Ela tem quatro irmãos e dou a mesma educação para todos. Ela tem toda a liberdade de ir para a escola sozinha e sair com os amigos, mas tem que ter horário para estar em casa. Ela acha que isso é prender, mas é amor porque se a gente não cuidar dos filhos nos dias de hoje o mundo vai tomar conta”.

A mãe afirmou que esta aliviada em ter a filha bem e de volta em casa. “O que a gente pensa em uma hora dessas é ter que reconhecer o corpo de um filho então menos mal que tenha terminado assim, mas é muito difícil. Tanto que agora tirei a internet e não vai ter mais nada. O futuro dela vai ser o que ela começar agora e se continuar fazendo coisa errada, vai ser muito triste”.

Aparecida agradeceu a ajuda de todos e pediu para que não julguem ela e a filha. “A gente não deve julgar ninguém porque o dia de amanhã não pertence a gente. A única coisa que resolve é o diálogo, abraçar um filho e dizer que o ama. Julgar e falar coisas erradas é de todo mundo, mas só quem passa por isso, é quem sabe. Quando um filho saí a gente não imagina que está fazendo esse tipo de coisa. Pela criação eu imaginava que tivesse acontecido alguma coisa, mas pedia a Deus que não. Mas isso é da adolescência e a gente tem que buscar saber mais com quem nossos filhos estão e o que estão fazendo. Este é o meu conselho”, disse a mãe da adolescente.

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