A integração entre as Forças de Segurança do Estado, com a participação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e do Poder Judiciário, resultou na redução de 14,1% de homicídios na Região Metropolitana da Grande Vitória, tendo o menor número desde 1996, com 519 registros.

Além disso, as investigações comandadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), resultaram em 845 operações policiais, com a prisão de 704 indivíduos, quase todos de alta periculosidade e envolvimentos nos assassinatos.

Essa redução faz parte do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, que tem como objetivo reduzir significativas taxas de homicídios, principalmente em comunidades onde o índice de violência e mortalidade de jovens é elevado, inclusive na Região Metropolitana da Grande Vitória.

“É um trabalho que está sendo desenvolvido há muitos anos. O fator primordial é a integração que a Polícia Civil tem com as outras forças, como Polícia Militar, Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros. Essa integração, com o aumento do número de operações, auxiliou na redução da taxa de homicídios na Região Metropolitana”, ressaltou o superintendente de Polícia Especializada, José Lopes Pereira.

A integração entre as Forças de Segurança do Estado, com a participação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e do Poder Judiciário, resultou na redução de 14,1% de homicídios na Região Metropolitana da Grande Vitória

Ainda de acordo com o superintendente, 75% dos homicídios têm relação com o tráfico de entorpecentes. Nesse caso, as operações realizadas resultaram nas prisões de traficantes e chefes dos tráficos, como as Operações Caim e Sicário, que impactaram na redução dos assassinatos. Além disso, segundo o superintendente, por conta do isolamento social, em decorrência da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), resultando no convívio maior entre os familiares, houve um aumento de crimes de proximidade, que, para ser reduzido, foi preciso um trabalho mais voltado ao social, do que policial.

“Não é possível prever um crime de proximidade, já que eles ocorrem na esfera familiar e, muitas vezes, não são planejados, mas acometidos durante uma fúria do momento. É um tipo de crime que precisa ser evitado de maneira preventiva, por meio da educação e de campanhas contra a cultura da violência”, pontuou José Lopes Pereira.

Para o titular do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Romualdo Gianordolli, o trabalho do DHPP, focado na resolutividade dos Inquéritos de homicídios, contribuiu para a redução dos casos. “Atacamos diretamente as Organizações Criminosas responsáveis por vários dos ataques na Grande Vitória, e também em todo o Estado. Foram 845 operações policiais que resultaram na prisão de 704 indivíduos, quase todos de alta periculosidade”, acrescentou.

Além disso, o delegado Romualdo Gianordolli frisou a importância das prisões qualificadas, de liderança das Organizações Criminosas, como as que ocorreram nas operações Sicário 1 e 2, coordenadas pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa.

Para o comandante do 6º Comando de Polícia Ostensiva Regional (CPOR), coronel Carlos Ney de Souza Pimenta, responsável pelo policiamento em Vila Velha, Cariacica, Guarapari e Viana, este resultado histórico é muito importante para a sociedade capixaba e se deve a alguns fatores fundamentais, entre eles o empenho das Unidades Especializadas e também dos militares das Unidades de área.

“A integração das forças policiais, dentro do eixo do Programa Estado Presente foi de extrema importância para alcançarmos este resultado. Proporcionar segurança pública em um país com grande abismo social e familiar é uma tarefa complexa. Nesse sentido, temos que manter nossa atenção voltada sempre para melhorarmos nossa forma de atuação, com técnica, capacidade, motivação e integração”, disse o coronel.

Já o comandante do 1º Comando de Polícia Ostensiva Regional (CPOR), coronel Marcelo Pinto Abreu, disse que, além da integração institucional entre as forças de segurança, um fator preponderante para a redução dos homicídios está no expressivo número de armas, drogas e veículos furtados/roubados, que são apreendidos todos os dias pela Polícia Militar do Espírito Santo (PMES).

“Com o policiamento ostensivo diuturno e as constantes operações policiais realizadas nas áreas conflagradas, conseguimos inibir e reprimir o cometimento do ato criminoso, por meio de uma ação policial pautada no policiamento comunitário e na preservação dos direitos humanos”, destacou o coronel Marcelo Pinto Abreu.

O 6º CPOR é responsável pelo policiamento em Vila Velha, Cariacica, Guarapari e Viana. Já o 1º CPOR atua nos municípios de Vitória e Serra.