Há quatro anos o jovem Kim Kataguri, de 22 anos, ajudou a fundar Movimento Brasil Livre (MBL) e a mobilizar milhões de pessoas em manifestações a favor da operação Lava Jato e o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Há seis meses da eleição ele continua propondo mudanças radicais no país como a privatização de estatais como a Petrobrás e a reforma no sistema penal.
Kim é o coordenador nacional do MBL e participou do Simpósio Brasil 200 Guarapari, realizado no Guará Centro de Eventos, nesta segunda-feira (23). Na ocasião, ele afirmou que as bandeiras defendidas pelo movimento são justas e como exemplo citou a proposta de privatização da Petrobrás.
“Mais do que privatizar a Petrobrás para a gente ter uma gasolina sem imposto e mais barata é uma questão de justiça privatizar a Petrobrás ou é justo que a gente pague pela conta daquele que se tornou simplesmente um lugar de conchavo?”, questionou Kim.
Ele também incentivou outros jovens a participar da política. “Acho que inspiração é a melhor maneira para a gente levar pessoas mais jovens para a política. A partir do momento em que a gente prova que dá sim para entrar sem se envolver em esquemas e promover mudanças sem se envolver em conchavos políticos acho que os jovens passam a ter mais esperança na política porque eles veem que é possível”.
Sistema Penal. Reforma previdenciária, parlamentarismo e voto distrital também são propostas do MBL. Kim ressaltou a importância da reforma no sistema penal brasileiro.
“Uma reforma no sistema penal para que a pena, que já está prevista no código, seja cumprida sem que exista nenhum tipo de atenuante para que o criminoso cumpra só um sexto da pena e saía da cadeia e ao mesmo tempo melhorar a estrutura das polícias para que elas possam prevenir, reprimir e investigar os crimes na mesma corporação como já acontece nos países desenvolvidos e aqui é fragmentado entre a Civil e Militar”, disse o coordenador nacional do MBL.
Ressocialização. O jovem também fez críticas a forma de ressocialização dos presos. “Acho que é uma função secundária. Mas antes de tudo é preciso ter o criminoso. Não adianta falar em ressocialização quando o Brasil nem prende e quando os presídios são administrados pelo PCC. Um único exemplo de presídio administrado por parceria público privada fica em Ribeirão das Neves em que o índice de reincidência é muito menor porque os presos aprendem lá dentro uma profissão e muitas vezes saem empregados. Neste tipo de ressocialização eu acredito, mas não é este tipo de ressocialização que vem sendo pregado. A ressocialização que se fala na esquerda é aquela em que nem se deve prender para que ele por alguma medida socioeducativa irá ser reintegrar na sociedade. Isto eu não acredito e é isto que está resultando em tantos assassinatos por ano”, finalizou Kim.
Comments are closed.