Duas meninas, uma de 11 e outra de 12 anos ficaram desaparecidas por mais de oito horas nesta terça-feira (23) após fugirem da escola e embarcarem em um caminhão que seguia pela BR 101 para o Rio de Janeiro.

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As duas estudam na escola municipal Ignez Massad Cola, no bairro Sol Nascente, em Guarapari.

As duas estudam na escola municipal Ignez Massad Cola, no bairro Sol Nascente, em Guarapari. De acordo com a família, as meninas chegaram na escola um pouco antes das 7h da manhã, o irmão da menina de 11 anos chegou a ver quando ela entrou na escola, mas as duas não estiveram na sala de aula e fugiram sem que ninguém percebesse.

“Bianca (a menina de 11 anos) foi para a escola de van junto com o irmão. Eles estudam na mesma escola no bairro Sol Nascente. A van levou e deixou eles na porta da escola. Meu filho viu ela entrando na escola. Eles entraram juntos na escola, mas depois ele não viu a irmã mais”, conta o pai Wagner Santos Carvalho.

Foi na hora da saída da escola, por volta das 11h que o irmão notou que Bianca não teria entrado na sala de aula. “Na hora da saída, ele (o irmão) ficou esperando ela, e nada dela aparecer. O que ele pensou: vou até em casa avisar meu pai. Chegando em casa, ele me avisou que ela não apareceu na porta da escola para ir embora”.

O pai voltou na escola e em conversa com a direção foi informado que Bianca e uma outra colega de sala, a menina de 12 anos, teria faltado a aula nesta terça-feira. “Sai da escola e fui até o ginásio esportivo onde ela pratica atividade física. Rodei por ali e não encontrei ninguém. Não a encontrando em nenhum lugar, peguei o telefone e liguei para a polícia informando sobre o sumiço dela e liguei para a mãe dela que veio de Vitória”.

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Depois que o pai percebeu que a filha teria desaparecido, ele ligou para a polícia informando sobre o sumiço dela e entrou em contato com a mãe dela que mora em Vitória.

Às 14h30 chegou uma informação importante para os pais de Bianca Figueiredo: as meninas foram vistas por volta das 10h da manhã em frente ao cemitério Parque Paraíso caminhando em direção à BR 101.

Já na rodovia, a polícia federal ainda não tinha a informação do desaparecimento de duas crianças, mas foi informada por um motorista que havia duas meninas pedindo carona na BR. “Uma pessoa passou pelo posto da PRF em Reta Grande informando que havia duas crianças pedindo carona na rodovia. Começamos a rodar atrás delas. Chegamos a um restaurante em um posto de gasolina e fomos informados que as meninas haviam acabado de sair do local de carona em um caminhão que seguiu em direção ao Rio de Janeiro. Seguimos no sentido Sul com a intenção de fazer um bloqueio em caminhões”, explica o policial.

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Foi um motorista que passava pela BR que informou aos policias que haviam duas meninas pedindo carona na rodovia.

“Não sabíamos que se tratava de meninas desaparecidas, mas não tinha como ser diferente, seria no mínimo muito suspeito duas crianças pedindo carona. Nós visualizamos quando uma pessoa se abaixou dentro da cabine de um caminhão e nós cercamos o veículo para abordagem”.

Inicialmente as meninas apenas disseram que pediram carona ao motorista e que estariam indo para São Paulo, mas os policiais rodoviários levaram as crianças para a delegacia de Guarapari.

Por volta das 16h os familiares foram informados pelos policiais que as meninas foram encontradas. Na delegacia, elas contaram ao delegado que conheceram uma pessoa em São Paulo e que estariam indo para o estado, mas não explicaram qual seria o objetivo da viagem.

O motorista do caminhão disse que deu carona às meninas por pena, mas que iria deixa-las no primeiro posto policial que encontrasse. O homem não foi autuado e liberado no final da noite de ontem. O diretor da escola Ignez Massad Cola afirmou que as meninas não chegaram a entrar na unidade de ensino.

Na manhã de hoje (24) as meninas estão sendo ouvidas no conselho tutelar. A mãe de Bianca disse que a filha quis fugir com a outra amiga insatisfeita com a decisão do pai de querer mudar de cidade. “Ontem nós conversamos muito com a Bianca. Ela disse que não queria ir embora para Muniz Freire onde o pai quer ir morar. Ele tem a guarda dos nossos filhos porque quando nos separamos eu tinha condições financeiras para cuidar deles. Agora, Bianca está sendo ouvida pelas conselheiras e eu quero a guarda dos meus filhos”, diz Tatiane Figueiredo.

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