Com punho quebrado e esperando a realização da cirurgia, que já foi marcada três vezes e não aconteceu.

Há dois meses a doméstica Eliane Rodrigues, de 56 anos, sofreu uma queda em casa após subir em uma cadeira para alcançar um produto no armário e desde então sofre a espera de uma cirurgia.  Ela relatou que após a queda  buscou ajuda no Pronto Atendimento de Guarapari, onde foi medicada e constatada a necessidade de uma cirurgia.

“Depois de cair fui no PA e lá o médico me deu uma injeção para dor e fez um raio x. Ele viu que eu estava com o punho quebrado e me encaminhou o Hospital Bezerra de Farias para operar”.

Enquanto aguarda cirurgia ela teme perder os movimentos da mão.

Após passar por uma consulta no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Farias, em Vila Velha, Eliane foi novamente encaminhada para fazer o procedimento cirúrgico, desta vez no Hospital dos Ferroviários. Segundo ela, a cirurgia foi marcada para o dia dois de dezembro e quando estava pronta para operar o procedimento foi cancelado.

“Eu já estava de roupão pronta para ir para a sala de cirurgia quando a enfermeira chegou dizendo que o médico tinha cancelado minha operação e não explicou o motivo”.

A saga da doméstica continuou e na semana seguinte ela voltou ao hospital para passar por uma nova consulta e remarcar a operação, que ficou para o dia 23 de dezembro. Porém, mais uma vez a cirurgia foi adiada.

“No dia 22 de dezembro me ligaram dizendo que como era ponto facultativo o médico não iria me operar e remarcaram para o dia seis de janeiro. Agora estou aguardando”.

Enquanto espera pela realização da cirurgia Eliane não pode trabalhar direito e conta com a solidariedade da patroa. “Sou viúva e tenho quatro filhos, como não consigo fazer as coisas direito trago minha filha para o serviço e minha patroa também ajuda”.

Além de disso, ela também sofre com dores e a angústia de ver a mão inchada e sem conseguir mexer os dedos. “Já estou há dois meses esperando, minha mão está inchada e para dormir tenho que colocar um travesseiro de apoio. Meus dedos não mexem, só o polegar. Tenho medo de não conseguir mais usar a mão direito. Se adiar de novo, vou buscar outro hospital porque já não aguento mais esperar”.

O Portal 27 procurou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) para saber o motivo da cirurgia ter sido adiada tantas vezes e para confirmar se realmente a operação será realizada no próximo dia seis, como foi informado a senhora Eliane, mas até o fechamento dessa matéria  não obtivemos retorno.

Uma hora após a publicação da matéria a Sesa informou que a direção do Hospital dos Ferroviários confirmou a realização da cirurgia na próxima sexta-feira, dia seis de janeiro. A direção explicou ainda que se trata de uma cirurgia eletiva, ou seja, não é de urgência, e que não há risco da paciente ficar sem os movimentos da mão por conta do adiamento da cirurgia.

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