Os ônibus municipais que circulam em Guarapari deveriam ter, no máximo, dez anos de funcionamento. Pelo menos é o que a legislação do município determina. Ao todo, 74 veículos estão em circulação e, desse total, 24 a 30 deles já atingiram os dez anos de vida útil.

Frota de ônibus deve aumentar depois do novo edital. foto: João Thomazelli/Portal 27
24 a 30 veículos já atingiram os dez anos de vida útil. Foto: João Thomazelli/Portal 27

O secretário adjunto de Trânsito e Transporte, Edinho Maioli, esclareceu que o município realiza vistorias nos veículos. Segundo ele, os fiscais responsáveis anotam as observações a respeito da conservação dos ônibus e acrescentam, quando é o caso, que o veículo já ultrapassou a idade útil permitida pela legislação.

Depois que isso é feito, a própria empresa responsável pelos veículos tem a possibilidade de apresentar justificativas através de um processo que é encaminhado a Prefeitura. Posteriormente acontece a análise do caso pela Secretaria responsável.

Ônibus no Trevo de Setiba. Eles ficam parados esperando o Transcol chegar e saem todos juntos. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Prefeitura afirma que fiscaliza os ônibus da cidade. Foto: João Thomazelli/Portal 27

Se os ônibus que já excederam sua vida útil fossem retirados de circulação a população seria prejudicada, como explica Edinho: “A gente sabe que se retirarmos parte da frota que supera essa vida útil de dez anos, poderemos deixar o serviço público bem prejudicado. Já temos algumas dificuldades e aí prejudicaríamos, principalmente, o usuário que utiliza esse transporte”.

Ainda de acordo com ele, há uma vistoria trimestral dos veículos, tendo a última ocorrido em julho. Com isso, a Prefeitura faz encaminhamentos as empresas para que elas façam a substituição necessária da frota.

Edinho Cortado
Edinho alega que se os ônibus que já excederam sua vida útil fossem retirados de circulação a população seria prejudicada. Foto: Wilcler Lopes/Portal 27

Edinho informou que as empresas alegam que, devido à estagnação das tarifas por vários anos, com poucos reajustes, estão tentando captar recursos para poder substituir os veículos que já ultrapassam a idade limite para estarem circulando.

“Em algumas situações a gente estabelece o prazo para que a empresa possa fazer essa substituição. Existe a possibilidade de completar dez anos e estar fora da frota, mas como sabemos que há uma certa deficiência, tentamos entender a questão também das dificuldades que o empresário tem para fazer um investimento”, finalizou o secretário.

*Por Gessika Avila