A Câmara Municipal está dividida em dois grupos para as eleições e estes grupos também estão divididos. Segundo os ensinamentos do Rei dos reis, uma casa dividida não subsiste, como narrado no livro de Mateus capítulo doze verso vinte e cinco: “Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”.

Apesar desse ensino ter sido dado a mais de dois mil anos, alguns ainda não entendem a essência daquelas palavras apesar de já terem ouvido tais argumentos por inúmeras vezes. O aprender não vem pelo muito ouvir e sim, pelo desprendimento de suas convicções.

Assim está a Câmara para as eleições: No grupo considerado de oposição, formado por seis vereadores, existem quatro candidatos a presidente, Enis Gordin (PRB), Dr. Rogério (PSB), Thiago Paterlini (MDB) e Grijó (PDT), sendo que no grupo da situação formado por onze vereadores existem também quatro candidatos, Wendel Lima (PTB), Clebinho Brambati (PTB), Fernanda Mazzelli (PSD) e Sandro Bigossi (PDT).

Apesar do atual presidente dizer que não é candidato, ninguém acredita nisto. Nesta oportunidade vamos comentar sobre o grupo considerado de oposição, na próxima falarei do grupo da situação, que poderá mudar até lá, claro, afinal, política é sempre uma caixinha de surpresas.

No grupo oposto ao do prefeito, haviam três candidatos. Agora, segundo uma fonte, empurrado pela promessa intermediada por um ex-vereador de que o governador eleito Renato Casagrande o ajudará a ser presidente, a luzinha acendeu e o vereador Dr. Rogério resolveu colocar seu nome como candidato.

Desta feita, o que já estava ruim ficou pior. O grupo não consegue se entender e não chega ao consenso de qual nome irá representá-lo, ou seja, está fadado a minguar e não conseguir formar uma chapa opositora. Se os seis vereadores oposicionistas se unissem, necessitariam de mais três votos apenas, o que não seria muito difícil dependendo do escolhido do grupo oposicionista e considerando a enorme insatisfação com o atual presidente.

Evidente que alguns nomes causam indigestão ao prefeito, mas outros não, portanto, se querem vencer, devem fazer o dever de casa pra ontem, lembrando que devem deixar espaços atrativos para os demais vereadores que poderão compor com o grupo. O individualismo poderá ser a causa retumbante da derrota e favorecer o grupo situacionista que percebendo que o grupo oposto não se une, trabalhará incansavelmente para manter a desunião empurrando as decisões para as últimas horas, quando não mais haverá tempo para reagrupar.

A vitória nem sempre terá um sabor doce, às vezes, o sabor amargo fará parte dela, pois, abrir mão para convergir é sinal de grandeza e de caráter vitorioso, sendo o consenso o caminho dos sábios e a intransigência o caminho dos loucos. Portanto, se quer colher bons frutos de todo o trabalho realizado até aqui, deve o grupo oposicionista decidir urgentemente quem é o candidato a presidente, dando ao mesmo a procuração para a busca dos votos necessários à vitória, afinal, se um reino dividido não subsiste quanto mais um grupo.

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