Pré-candidato à prefeitura de Anchieta, Fabricio Petri (PMDB), encara o desafio de ser prefeito e comandar o legado de seu pai, o ex-prefeito Edival Petri, falecido em setembro do ano passado. Fabrício, que já foi secretário de governo do pai, se lança na disputa pela prefeitura de Anchieta, contra o atual prefeito Marcos Assad (PTB).

Quando surgiu a sua candidatura em Anchieta? Afinal você tem um legado para dar continuidade não é?

Eu sempre acompanhei meu pai no dia a dia da administração pública, na política, eu coordenava as campanhas dele, assessorava a parte jurídica também. E fui secretário de governo. Em 2012 existiu uma possibilidade de eu o estar sucedendo, mas a lei não permitia. O assunto deu uma esfriada e outro candidato foi lançado. Com o falecimento do meu pai, por incrível que pareça, no dia do velório, já existiu um comentário, que não se consegue saber quem foi que começou a fomentar isso, mas a população entendeu que a pessoa que poderia estar dando continuidade ao projeto político administrativo, ao legado deixado pelo meu pai, seria eu. E isso foi aumentando e ganhando força.  Os partidos também entenderam que o nome que o unificava o grupo seria o nosso nome e aí eu decidi aceitar este desafio.

Fabricio Petri
“A população entendeu que a pessoa que poderia estar dando continuidade ao projeto político administrativo, ao legado deixado pelo meu pai, seria eu.”

Como está a preparação para as eleições?

O diálogo com os partidos sempre existiu e existe. Hoje nós temos um leque de aproximadamente 12 partidos, podendo chegar até a 15 partidos, que podem caminhar com a gente nesta eleição.

Quais são os maiores desafios em Anchieta?

No momento o maior desafio é a questão do emprego, da geração do emprego e renda, até mesmo diante do cenário nacional, da crise da economia que o Brasil está enfrentado, mas especificamente em Anchieta, diante desse fato, dessa tragédia ocorrida com a Samarco em Mariana. A gente torce para que a Samarco volte, acredito que volte, até porque o governador Paulo Hartung, a quem eu visitei recentemente, está imbuído em ajudar nesta volta juntamente com o governo de Minas. Mas precisamos reinventar o município de Anchieta. Precisamos criar condições, independente da Samarco voltando ou não, mas mesmo voltando, temos que reinventar o município de Anchieta, explorar outras frentes, o turismo, religioso, de pesca, de lazer, cultural e atrair outros investimentos para o município e aproveitar a mão de obra para gerar emprego e renda.

Fabricio Petri3
“Temos que reinventar o município de Anchieta, explorar outras frentes, o turismo, religioso, de pesca, de lazer, cultural e atrair outros investimentos”

Existe algum projeto que você já tenha para implementar na cidade?

Estamos em construção de nosso programa de governo, estamos visitando as comunidades para nos apresentar e colher da própria comunidade, demandas e reivindicações que estarão em nosso programa de governo. Assim iremos finalizar o nosso programa, registrar e divulgar.

E as expectativas para a eleição em Anchieta?

Nós percebemos que o povo quer mudar, quer mudanças, até porque ficou muito latente, muito evidente, uma administração do meu pai, exitosa, com sucesso na educação, na saúde, em todas as áreas, na cultura, no turismo, onde se saiu de uma administração confortável e entrou em uma administração onde foi apresentando um novo projeto, um novo modelo que não agradou a população. A população detectou isso e está esperando chegar a hora para haver essa mudança.  Espero que seja uma campanha limpa, sadia, como meu pai sempre defendeu, sem ataques.

Aproveitando que você fez uma comparação da gestão do seu pai com a de Marquinhos, qual a sua avaliação da gestão do atual prefeito?

Ele pegou a administração já com tudo preparado, equipamentos, escolas, quadras creches, asfaltamentos, calçamentos, os equipamentos estavam todos já instalados. A saúde financeira estava em dia, dinheiro em caixa, cerca de 60 milhões, só que a gente não conseguiu entender, assim como a população, como que as coisas desandaram. Os serviços essenciais de saúde e educação a gente vê esses serviços sendo oferecidos de forma precária. E isso está retratado na insatisfação da população. Eles têm mostrado essa insatisfação, não sou só eu que estou vendo, a população também está vendo isso. E orçamento o município tem. Tinha quando ele pegou e tem agora. Os orçamentos sempre foram bons. Não é um problema financeiro, orçamentário, para justificar esses serviços precários, deficitários.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your name here
Please enter your comment!