Uma professora da rede municipal de ensino precisou entrar na Justiça para que a escola em que ela trabalha mantivesse a carga horária da profissional. A professsora alega que estava sendo punida por ter tirado licença de dois meses no ano passado por causa de depressão.

Na última quinta-feira (10) a professora Roberta Lopes entrou com um mandado de segurança com pedido de liminar para evitar que a direção da Escola Darcy Ribeiro, localizada no bairro São José, retirasse dela a extensão de carga horária.

Para Roberta, que conversou com a reportagem do Portal 27, a diminuição da carga horária se deve a um atrito que ela e outros professores têm com a direção da escola. “No ano passado meu filho foi diagnosticado com autismo. Isso me atingiu muito e tive que tirar uma licença de dois meses por causa de um quadro de depressão que desenvolvi. No fim do ano passado o diretor me informou que não daria mais a extensão porque minha doença estava prejudicando a escola”, declarou a professora.

Roberta  disse que ficou surpresa, já que, mesmo com o afastamento de dois meses, ela organizou uma mostra literária com os alunos que chegou a ser tema de reportagem no site da prefeitura e foi apresentada em diversas escolas da rede municipal. Indignada com a postura da direção, Resolveu entrar com um mandado de segurança para garantir a carga horária.

Vereadora reclama de diretor

Ainda na semana passada, a vereadora Paulina foi à Tribuna da Câmara para se queixar da direção da escola. O discurso foi duro e chegou a questionar a índole do diretor. “Há dois anos quando a secretária colocou este diretor eu falei que não ia dar certo, pois eu conheço a índole desse dito cujo. Agora está uma perseguição com os professores. Uma professora que está lá que estava de dois meses de licença por causa de depressão, ele cortou a carga horária dela”, disse a vereadora.

Paulina ainda mencionou outra professora que é sobrinha dela e que também teve a carga horária diminuída depois de ficar doente. “Ele não sabe com quem está mexendo!”, disse a vereadora.

Secretaria de Educação explica o caso

Diante da situação passada pela professora ao Portal 27, procuramos a Prefeitura de Guarapari. Em nota a Secretaria de Educação defendeu o diretor e informou que resolveu a questão da professora roberta Lopes, devolvendo a ela a carga horária original. Confira a resposta na íntegra:

A Secretaria Municipal de Educação esclarece que prima por uma gestão baseada no diálogo e nas decisões democráticas. Desta forma, no dia 10/01/2019, recebeu o Conselho de Escola da EMEF Darcy Ribeiro, órgão colegiado formado por representantes de: professores, alunos, servidores, pais de alunos e comunidade, para tratar especificamente de assuntos atinentes à Gestão Escolar.

Os 10 (dez) Conselheiros presentes à reunião, se manifestaram a favor da gestão do Diretor Thiago, tecendo falas positivas, afirmando que o diretor é muito trabalhador, comprometido e não mede esforços para a melhoria do aprendizado dos alunos. Afirmaram que “com a chegada de Thiago e Soraia a escola se transformou, é muito mais organizada e está sempre de portas abertas à comunidade, porém nem todos os profissionais se adequam às regras”.

A SEMED esclarece ainda que a única denúncia recebida, no mês de julho/2018, foi devidamente apurada pela Inspeção Escolar. Além disso, a equipe pedagógica realiza o acompanhamento pedagógico junto à instituição de ensino.

Acerca da carga horária da professora, houve uma preocupação inicial do diretor, mas a questão já foi resolvida desde quarta-feira, concedendo à mesma, a carga horária pleiteada.

Referente à perda da Lotação Provisória da sobrinha da vereadora Paulina, houve justificativa plausível, sendo a mesma contemplada com a Localização em outra Unidade Escolar.

As vereadoras Paulina e Fernanda Mazelli estiveram na Semed logo após a sessão, foram atendidas pela Secretária de Educação e receberam os esclarecimentos pertinentes ao caso”.

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