Em desdobramento da Operação Protocolo Fantasma, realizada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atenção Especial de Combate ao  Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Militar (PMES), por meio da sua Corregedoria, foram cumpridos, na manhã de quinta-feira (23/03), mandados de prisão temporária (com prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco) em face de Izabela Renata Andrade e do policial militar João Marcos Malta de Aguiar, expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Vitória. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de ambos, bem como em outros endereços.

Foram cumpridos, na manhã de quinta-feira (23/03), mandados de prisão temporária

Pelo que se apurou, o soldado João Marcos, na noite do dia 19/03, véspera da deflagração da operação, transmitiu, em grupos de trocas de mensagens eletrônicas que reúnem militares, informações detalhadas sobre o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão que ocorreria na segunda-feira (20/03), permitindo que vários dos investigados ocultassem provas que seriam importantes ao êxito da investigação.

Além disso, na data da operação (20/03), foi registrado, com autorização judicial, diálogo telefônico em que Izabela, esposa do ex-policial Walter Matias Lopes, já detido, informa a um policial militar que conseguiu ocultar o celular de seu cônjuge e que estava apagando os dados armazenados.

Assim, por ter ficado demonstrado que ambos agiram de forma atentatória à administração da Justiça, prejudicando a colheita de provas que seriam essenciais ao êxito de investigação tão importante à manutenção da paz social, foi decretada a prisão temporária de ambos.

O MPES investiga os integrantes de uma organização criminosa.

Saiba mais. O MPES investiga os integrantes de uma organização criminosa que, sob pretexto de reivindicar aumento salarial e outros benefícios aos policiais militares, vale-se de atentados contra serviços de utilidade pública, apologia a fatos criminosos, motim/revolta, ameaças a autoridades, dentre outros crimes. Diante dos elementos probatórios colhidos, as medidas cautelares acima descritas se mostraram indispensáveis.

A deflagração da operação não obsta negociações em prol de melhorias reivindicadas pela classe policial, já iniciadas por comissão mista formada perante a 3ª Vara de Fazenda Pública de Vitória. Até porque as condutas criminosas sob apuração são contrárias aos interesses da categoria e atentatórias à sociedade capixaba.

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