O presidente da Câmara Municipal de Guarapari, Enis Gordin (PRB), divulgou uma nota de esclarecimento na noite de ontem (19), relatando sua postura e suas ações com relação aos áudios vazados em grupos de WhatsApp e que estão envolvendo diversas autoridades de Guarapari. Confira a nota na integra.
Nota de Esclarecimento
“Estamos presenciando um dos capítulos mais tristes da história política da nossa querida Guarapari.
Desde que assumi a presidência da Câmara de vereadores tenho enfrentado duras batalhas com o objetivo de contribuir para que os recursos da nossa cidade sejam utilizados em benefício da nossa população, especialmente, na área da saúde, que é a mais caótica.
O papel do vereador é legislar e fiscalizar as contas públicas e cumprindo com esses objetivos a Câmara aprovou o orçamento que foi amplamente debatido e divulgado. No entanto, de forma surpreendente o prefeito recorreu à justiça que interferiu na independência da Câmara e derrubou nossa votação, trazendo uma insegurança jurídica e administrativa aos órgãos municipais.
Mesmo com essa interferência direta ao poder exclusivo de legislar da Câmara Municipal, esta Casa de Leis continuará a realizar a vontade da população que representa.
Quero informar a população que na quarta-feira (15) fui procurado por um repórter da TV Gazeta com graves denúncias envolvendo autoridades e diversos agentes públicos de nossa cidade.
Surpreso com esses fatos, no dia seguinte pela manhã (16), me dirigi à empresa de Comunicação e solicitei ao repórter que me desse acesso ao material que estava em sua posse.
Depois de escutar uma série de áudios em que um suposto vereador negocia com um empresário da cidade a votação de uma lei, mais tarde, por volta das 14h30, já na sede Câmara, solicitei uma reunião com os vereadores que estavam na Casa para a Sessão Ordinária e apresentei a eles o material (áudios) e os questionamentos da TV Gazeta.
Neste momento, comuniquei aos vereadores que encaminharia todo o material ao Ministério Público para que os fatos fossem investigados com o máximo de rigor. Ato concretizado na sexta-feira (17).
Outras medidas serão tomadas para que o caso não fique impune, observados o direito constitucional da ampla defesa e ao contraditório. Lembro que por decisão da Mesa Diretora que presido, nenhuma denúncia ou pedido de investigação será arquivado.
Ressalto que minha decisão de solicitar ao Ministério Público uma ampla investigação contou com o apoio do grupo de vereadores que me confiaram a presidência da Câmara. Espero que os fatos sejam investigados e os culpados sejam punidos exemplarmente pelos seus atos.”