A multidão que aguardava ansiosa pela tradicional procissão marítima de São Pedro em Guarapari, saiu um pouco decepcionada. Os fiéis que esperaram por quase duas horas, ficaram frustrados com os poucos barcos e com a falta da imagem do santo, que tradicionalmente desembarcava na prainha de Muquiçaba. 

“Fomos informados pela Marinha que não poderíamos descer no flutuante do hotel, já que o local não comportaria a embarcação. Nós pedimos então para ancorar próximo da praia e descer em pequenas embarcações. Inicialmente ele (representante da marinha) concordou, mas depois informou que um superior não autorizou que fosse dessa maneira”, explicou o padre Alair Alixandre da Silva, pároco da Paróquia São Pedro.

Para o religioso, a ausência da procissão marítima acabou quebrando a tradição de 25 anos da paróquia que leva o nome do protetor dos pescadores.

“É um sentimento de tristeza e de impotência em ver que a Lei vale para uns e não vale para outros. Nós buscamos cumprir a Lei, de acordo com as normas de segurança, mas o píer que precisava ser construído não foi”, desabafou o padre Alair.

A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 1º Distrito Naval, informa que não autorizou a atracação dos barcos participantes da procissão de São Pedro no cais da Prainha de Muquiçaba, a fim de evitar um acidente e, dessa forma, garantir a segurança da vida humana no mar, bem como a segurança da navegação.

Uma equipe de Inspeção Naval vistoriou o cais em questão, na véspera do evento, e verificou que a estrutura do mesmo estava comprometida, a ponto de colocar em risco a vida dos participantes.

Festa na Prainha. No último domingo, em entrevista à imprensa, o padre Alair esclareceu algumas peculiaridades sobre a Festa de São Pedro em Guarapari, já que a festa que acontece na Prainha não é de responsabilidade e organização da igreja.

“A festa da Prainha não tem nada a ver com a festa da igreja. A festa de São Pedro organizada pela paróquia acontece no pátio de festa em frente a Paróquia São Pedro. O boato que rodou na cidade dizendo que a igreja católica contratou o show do Jorge Aragão não é verdade. São festas diferentes”, frisou o padre. 

Alair lembra ainda que as festas organizadas pela igreja não possuem bebidas alcoólica e os cantores que participam da festa não recebem pelo serviço. “Não somos contra ao evento que acontece na Prainha. Eles tem o direito de organizar a festa, o que não pode acontecer é dizer que a igreja está custeando a festa e pagando show nacional”, finalizou. 

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