Desde as primeiras horas de ontem, a Expresso Lorenzutti passou a atuar com exclusividade no transporte de passageiros em Guarapari. A empresa, cumprindo o que está previsto no contrato, aumentou o número de itinerários para 55 e tem 69 carros circulando na cidade.

Mas mesmo com o aumento na frota, muitos usuários estão tendo dificuldades para usar o serviço. Nestes dois dias de operação exclusiva da Expresso Lorenzutti, o que mais se ouve falar é na demora dos ônibus.

Nos pontos de ônibus as reclamações eram constantes. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Nos pontos de ônibus as reclamações eram constantes. Foto: João Thomazelli/Portal 27

“Ontem (terça-feira) fui para o ponto de ônibus esperar o carro que pego há três anos para ir trabalhar. Sempre passou às 11h26, depois de sair do trevo de Setiba, mas ele não passou. Verifiquei no site da empresa o horário novo e lá diz que ele passa às 11h13, mas fiquei esperando até as 11h35, mas não passou de novo. Cheguei atrasada no trabalho duas vezes”, reclama a auxiliar administrativa Flaviane Rodrigues, 28 anos.

E não apenas os moradores da Enseada do Sol (Região Norte) que estão tendo problemas com os horários de ônibus. A vendedora Laryssa Lourenço, 20 anos, ficou uma hora e dez minutos em Olaria na noite de ontem esperando um ônibus para ir para a escola.

Laryssa teve problemas para chegar na escola. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Laryssa teve problemas para chegar na escola. Foto: João Thomazelli/Portal 27

“Eu estava esperando qualquer ônibus para poder chegar na escola e fiquei uma hora e dez minutos esperando na pracinha do Olaria. Neste meio tempo não passou nenhum ônibus e acabei chegando mais atrasada ainda na escola”, reclamou a vendedora.

Já Silvana Ribeiro Rodrigues, 51, que é zeladora em um prédio no Centro de Guarapari, passou por duas situações distintas nestes dois dias de operação exclusiva do Expresso Lorenzutti.

Silvana esperou e teve que pegar ônibus cheio no ponto do Transcol. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Silvana esperou e teve que pegar ônibus cheio no ponto do Transcol. Foto: João Thomazelli/Portal 27

“Ontem fui em Vitória e retornei de Transcol. Antes, sempre que o Transcol chegava tinha vários ônibus já esperando os passageiros, mas ontem não tinha nenhum. Ficamos uns trinta minutos no ponto de ônibus e quando passou um, foi socado de gente”, reclamou Silvana, que na tarde de hoje (quarta-feira) se atrasou no retorno do almoço, pois o ônibus que ela costumava pegar para o Centro, não passou em Muquiçaba no horário regular.

E as reclamações continuam:

“A gente sai da faculdade antes das 22 horas. Antes passava três ônibus. Um às 21h40, outro às 22h e o terceiro às 22h10. Ontem esperamos mais de uma hora no ponto da faculdade e o ônibus não passou. Alguns alunos depois das 22 horas tiveram que descer para o ponto da pracinha de Muquiçaba para pegar algum ônibus lá. Chegávamos em casa umas 22:20h e ontem cheguei às 23 horas. É um absurdo isso. Moro no bairro Santa Rosa e estou revoltada por mim e pelos meus amigos estudantes”, finalizou a estudante de direito Meyre Medeiros.

 

Expresso Lorenzutti e Secretaria de Fiscalização

Procuramos a Expresso Lorenzutti para falar sobre as reclamações dos usuários nestes primeiros dias de funcionamento exclusivo da empresa na cidade.

Núbia Lorenzutti, uma das proprietárias da empresa, explicou que alguns problemas eram esperados nos primeiros dias e que a empresa não está medido esforços para que sejam sanados o mais rápido possível.

“Nós temos disponíveis o nosso site todos os horários dos novos itinerários, além disso, as reclamações e dúvidas podem ser feitas pelo [email protected] ou pelos telefones 27 3261-0737 e 3261-1236. Nós estamos monitorando desde o começo da operação toda a frota de ônibus e conseguimos saber onde cada um deles está, além de termos também uma equipe na rua acompanhando o fluxo de demanda de passageiros para tentar corrigir qualquer distorção que aconteça. Acreditamos que em pouco tempo teremos tudo normalizado”, explicou Núbia.

O secretário de Fiscalização Danilo Bastos também conversou com a reportagem do Portal 27.

“O município já esperava algum que houvesse algum transtorno no início da operação. É uma fase de transição e adequação. Todos devem procurar se adequar a estes novos itinerários, que foram feitos com base em estudos feitos tanto pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, quanto pela administração municipal. Temos certeza que ao final deste período de adaptação nós vamos ter um transporte mais adequado do que temos hoje”, disse Bastos.

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