Vereador quer explicação sobre transporte clandestino em Guarapari

 

 

 

Andar de ônibus na cidade de Guarapari hoje em dia, é muito complicado. Os pontos lotados demonstram a insatisfação da população com o transporte coletivo municipal, além do medo de andar em veículos que estão caindo aos pedaços, a insegurança de ficar horas esperando que ele passe, já que não existe horário regulamentado que faça com que os coletivos obedeçam ao tempo de circulação.

“A gente não tem hora para voltar para casa, todo dia é uma luta, sem saber que horas o ônibus vai passar. Existia uma lista com os horários predestinados, só que não houve fiscalização e nem entrou em vigor. Eu pego ônibus todos os dias, enfrento a dificuldade de andar nesses transportes que estão desestruturados, é uma vergonha para um cidade que é tida como forte o turismo, passar uma imagem tão negativa. O absurdo maior, é que ainda querem aumentar a passagem”. Esclarece Cristine Nascimento.

Com a falta desse meio de locomoção dentro do município, surgiram ilegalmente as vans. Algumas chegam a atuar 24h na cidade, cobrando o valor da passagem de R$ 2,00. Esse transporte alternativo tem trazido melhor acessibilidade para os moradores que passam todos os dias, cerca de 40 minutos a 1 hora no ponto, a espera de ir para casa. Mas toda essa situação tem virado motivo de discussão todos os dias.

O Vereador Ronaldo Tainha (PRP), protocolou um requerimento na última terça-feira (12), na câmara municipal que “Solicita providências e informações quanto ao transporte clandestino que está atuando no Município”. Ele alega que esse não foi um pedido apenas dele, mas de várias pessoas que o procuraram, querendo saber como ficaria essa situação, pois agora elas estão proibidas de circular pela cidade.

“Se é clandestino, é porque não foi autorizado por nenhum órgão competente. Essa situação no final, vai acabar se tornando perigosa, porque se acontecer um acidente, de quem será a culpa? Vai acabar vindo para cima de nós. Então precisamos tomar uma decisão, nos reunirmos junto a Prefeitura, para que algo possa ser feito urgente. São três anos se falando sobre isso e nada é feito. Guarapari não aguenta mais, chega.”. Indagou Tainha.

Perguntando se era contra esse tipo de transporte, ele esclareceu que não, mas que as vans para entrarem no mercado, deveriam se adequar as normas. “Eu sou a favor desde que eles obedeçam as normas e leis, tendo assentos preferenciais, sinais internos, parem em determinados locais, entre outros fatores.

Nós procuramos a prefeitura mais uma vez, e por meio de nota eles disseram que a regularização das vans não está no objetivo. “De acordo com a Constituição Federal qualquer contratação para prestação de serviço público é feita por procedimento licitatório, e no momento a Prefeitura está voltada para concluir a concorrência pública do Transporte Coletivo de ônibus”. 

Já sobre o processo licitatório, disseram que está tudo indo conforme planejado e que em breve haverá um novo edital. “O procedimento licitatório é complexo pois contém muitos atos que precisam ser detalhados, e estamos nesta fase, o Tribunal de Contas já encaminhou sua manifestação e o Município está providenciando a confecção de um novo edital, dentro das regras estabelecidas pelo TC-ES”. 

Quanto ao requerimento do vereador, o Município não irá se manifestar pois até o momento o mesmo não foi encaminhado ao Executivo.