Um projeto aguardado pelos professores do município de Guarapari foi vetado na tarde de hoje (8), pelos vereadores. Trata-se do Projeto que altera a Lei Orgânica Municipal (LOM) Nº 003/2016, que autorizava a eleição direta para diretores, vice diretores e coordenadores das escolas da cidade.

O projeto já tinha passado em primeira discussão na casa, quando foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares presentes, mas hoje foi vetado por 10 votos a 7, quando eram necessários 12 votos para aprovação.

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Projeto da eleição direta não passou na Câmara. Foto Roberta Bourguignon.

Votaram contra o projeto os vereadores: Paulina Aleixo (PP), Jorge Figueiredo (PROS), Lincoln Bruno (PP), Dito Xaréu (SDD), Ronaldo Tainha (PSB), Sergio Ramos (PMDB) e Wanderlei Astori (PEN). Os professores que estavam presentes na sessão ficaram revoltados e começaram a xingar os parlamentares e entoar gritos de “Vergonha” “Não nos representam”. Veja o vídeo.

Para o presidente da casa o ideal é um processo seletivo. “Eu sou a favor de um processo seletivo, para chegar os professores capacitados a dirigir um colégio. Hoje se você faz a direção para um diretor autoritário, um pai de família não vai conseguir chegar lá e opinar sobre qualquer coisa”, disse Wanderlei Astori explicando ainda a mudança dos vereadores. “Eles entenderam e viram que o processo seletivo é o melhor”, explicou.

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“A categoria veio, se fez presente e repudiou a votação.”, disse Thiago Mello. Foto: Wilcler Lopes/Portal 27.

Para Thiago Mello, representante do Sindiupes, a posição dos vereadores foi péssima. “A categoria veio, se fez presente e repudiou a votação. Esse projeto vem de encontro ao plano nacional de educação, que é a gestão democrática nas escolas. É um projeto muito importante para a educação do município, pois isso faz a comunidade participar das eleições e de todo o processo escolar”, disse.

Ainda de acordo com ele, os profissionais vão se reunir para avaliar esta situação em Guarapari. “A gente percebe que vereadores de Guarapari já fazem sua campanha eleitoral contando com cargos comissionados e indicações para poder ganhar voto. Temos que parabenizar aqueles que foram a favor”, desabafou.

De acordo com Thiago, é possível que o sindicato tente novamente colocar o projeto em pauta em 2017. Para isso vai dialogar com o novo prefeito e com a nova Câmara que começa a atuar no próximo ano.

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