Foi aprovada durante a última sessão no dia (12) na Câmara Municipal de Guarapari, a criação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), para apurar denúncias de possíveis irregularidades, na construção da nova Escola Municipal Presidente Costa e Silva.

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“O material que foi retirado já sumiu. E deveria estar no almoxarifado. Precisamos investigar! ”, disse Fernanda Mazzelli,

“É claro que todos nós merecemos uma escola de boa qualidade, mas a escola Costa e Silva, apesar de ser antiga, estava em boas condições. Até outros bairros estão mais carentes de novas escolas, do que o Costa e Silva. As obras no local começaram e pararam, e já está havendo uma demora. O material que foi retirado já sumiu. E deveria estar no almoxarifado. Precisamos investigar! ”, disse a vereadora Fernanda Mazzelli, que solicitou a criação da CEI.

Os alunos foram retirados da escola logo no início do ano letivo, e realocados no mês de fevereiro, para um prédio na Praia do Morro. E segundo informações apuradas por alguns vereadores, a prefeitura paga quase 10 mil reais por mês, no aluguel do imóvel.

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Comissão Especial de Investigação (CEI), vai apurar denúncias de possíveis irregularidades na construção da nova Escola Presidente Costa e Silva. Foto: Wilcler Lopes/portal27

R$ 100.000,00, é o preço calculado até o momento, e que pode ter sido gasto pela prefeitura, com o aluguel do imóvel. “Já se passaram 10 meses, que os alunos foram estudar naquele local, e infelizmente tem projeção de passar mais 10. Porque, até surgir a contratação da empresa e a licitação concluída para a escola ser construída”, explica o vereador Ronaldo Gomes ‘Tainha’.

Para o vereador, é “um absurdo ver uma escola que é tradicional, depredada do jeito que está. Todo o material, como telhado, janelas, portas, vasos sanitários já sumiram, porque o local está abandonado. Isso é um descaso com a educação”, exclamou ele.

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“Já se passaram 10 meses, que os alunos foram estudar naquele local, e infelizmente tem projeção de passar mais 10″ diz Tainha.

De trás para a frente. “Primeiro começaram destruindo, para depois fazer o planejamento e a projeção do projeto”, disse o vereador Ronaldo Gomes, que recebe denúncias sobre o caso e ressaltou, “Primeiro é feito o projeto, é preciso estar com todas as licenças e licitações, conforme manda o figurino – com começo, meio e fim”.

Por que não reformar? Os vereadores contestam também, o fato de colocar uma escola no chão para construir outra em cima. “Fui informado que essa escola passou por uma reforma em 2011, e resolveram até então, fazer uma nova escola, que inclusive será uma escola integral”, ressalta o vereador que também é autor de requerimento que pediu à prefeitura, explicações sobre as obras da escola, que tiveram as telhas, janelas e portas retiradas, e as informações são de que todo o material sumiu do local.

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Os alunos foram retirados da escola logo no início do ano letivo, e realocados no mês de fevereiro, para um prédio na Praia do Morro. Foto: Wilcler Lopes/portal27

O vereador ainda indaga. “Por que começam uma obra que não possui uma empresa para realiza-lo? Agora pagam aluguel, mas a escola não está em obras. E quem retirou alguns materiais do local? “, pergunta.

As acusações serão investigadas no prazo de 180 dias, após a nomeação da comissão, que será feita pelo vereador e presidente da Câmara, Wanderlei Astori. O Portal27 questionou a prefeitura sobre as indagações dos vereadores na tarde de ontem (17), e teve como resposta, que “tendo em vista os diversos questionamentos e o curto período oportunizado pelo veículo, não foi possível coletar e apurar todos os dados necessários para o atendimento. Assim, a Secretaria Municipal da Educação está coletando os dados para uma informação mais precisa e segura”. Em tese, o período de tempo oportunizado foi de 1h30.

24 horas depois, a prefeitura informou que, “a Secretaria Municipal da Educação está coletando os dados para uma informação mais precisa e segura”. O Portal27 informa que vai aguardar as respostas e irá publica-las.