Em agosto deste ano, o Portal 27 noticiou o caso do garoto Gabriel, um menino de 11 anos que tem paralisia cerebral, hidrocefalia, epilepsia, autismo e atrofia muscular, e que precisa fazer sessões semanais de fisioterapia.
A mãe, Ingrid Virgínio Gomes, voltou a procurar o Portal 27, mas desta vez ela não pede mais doações, mas sim ajuda para que o caso fique conhecido e que a justiça tome logo as providências sobre o benefício do filho, que foi bloqueado pelo Instituto Nacional de Serviço Social (INSS).
“Eu vim procurar a ajuda de vocês outra vez, agora não é para doações, vaquinhas e cestas básicas, eu quero somente ajuda com divulgação, quando fizemos a matéria lá em agosto o serviço social do INSS visitou minha família e viu que temos sim o direito de receber o benefício, mas então esperou esfriar e parou de me responder, agora a luta continua na justiça”, relata Ingrid.
Que continua. “Nós nos viramos do jeito que dá, eu já consigo um pouco de dinheiro vendendo artesanato, o pai dele trabalha em vários bicos, saindo de casa sempre cedo, mas vai fazer 3 anos que estamos na luta, 3 anos que o Gabriel passou a viver tendo as sessões de fisioterapia dele mantidas com doações, 3 anos sem receber nosso direito”.
Segundo relatou Ingrid, a ação estava próxima de acabar, porém o INSS entrou com um recurso especial, o que vai aumentar ainda mais o tempo de espera para a decisão da justiça, que já deu vitória à família em primeira e segunda instâncias, com a briga agora se arrastando na terceira e última.
Desde agosto, com os R$3.300 arrecadados na vaquinha online, o jovem Gabriel conseguiu retomar as sessões de fisioterapia e continua até hoje, porém o medo da família é não saber por quanto tempo isso vai continuar.
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Relembre o caso. Em agosto, Ingrid contatou o Portal 27 para ajudar Gabriel, que precisava de doações urgentes para realizar sessões de fisioterapia, ajudando no problema de atrofia muscular.
O benefício, que era pago pelo INSS, foi cortado há 3 anos, quando o pai de Gabriel, Rodrigo Milagre de Souza, conseguiu um emprego de carteira assinada e um aumento de R$140 na renda. Porém, o trabalho não durou muito e o pai foi dispensado, desde então a família briga para reaver o direito do benefício.
Na justiça, a briga se arrastou por todas as instâncias, parando na terceira após o INSS recorrer, já que a família teve ganho de causa nas duas primeiras.