Os comércios do Centro de Guarapari foram vítimas de um arrastão, na madrugada do último domingo (18). Pelo menos duas lojas foram arrombadas e furtadas e a suspeita dos comerciantes é que os crimes tenham sido cometidos pelos mesmo criminosos. Após o prejuízo, uma delas vai encerrar suas atividades.
Uma das lojas atacadas foi a Dora Ju, localizada na rua Simplício Rodrigues, que foi criada há 3 anos e está neste endereço há 6 meses e até então nunca havia sido arrombada. Uma das proprietárias, que prefere não ser identificada, relatou que a ação foi flagrada pelas câmeras de videomonitoramento da região e pelas imagens deu para ver que dois homens realizaram o arrombamento enquanto um Fiat Liena vinho com outros comparsas ficou dando cobertura na rua lateral do prédio da loja.
Ela também contou como foi a dinâmica do crime. “Eles pegaram um alicate grande para quebrar o cadeado e com outra ferramenta quebraram a fechadura. Entraram e ficaram aqui um cinco ou dez minutos e levaram praticamente tudo. Ficaram só algumas peças que ficaram grudadas no cabide ou caíram no caminho. Eles também levaram um notebook. Calculo um prejuízo de mais de R$ 20 mil porque tinham acabado de chegar mais de 100 peças na loja e todas foram embora”.
Segundo a comerciante, 80% das mercadorias foram levadas e os ladrões só escolheram as peças femininas. A lojista acredita que o crime tenha sido cometido por gente de fora e que as roupas serão vendidas em outra cidade já que muitas peças são personalizadas e únicas. “Fico toda noite me perguntando porque escolheram nossa loja porque nossa roupa não é sport wear ou de marca. Nosso estilo é muito despojado e mais rock roll. Tínhamos muitas camisas e vestidos de banda de rock. Então não é uma roupa visada ou fácil de ser distribuída. Muitas peças também foram desenvolvidas por nós então se eu ver elas em Guarapari, vou saber que eram nossas”.
Após o prejuízo, a loja vai encerrar suas atividades no local e vai vender o pouco que sobrou pela internet. “A gente vai fechar em definitivo e as roupas que sobraram temos um Instagram da loja em que vamos passar elas abaixo do preço de custo. Decidimos fechar porque é um misto de decepção, tristeza, ânimo que não temos mais e a insegurança porque a gente não sabe se a gente repor tudo, isso vai acontecer de novo”.
Outro crime. Na mesma noite a loja de uma operadora de celular, localizada na rua Paulo Aguiar, foi vítima do mesmo crime. A gerente Luciana da Penha contou que a forma como os criminosos agiram foi a igual à da loja de roupas e que a ação também foi flagrada por câmeras. “Eles quebraram as duas vitrines, cortaram os dois cadeados com um alicate e usaram uma chave de fenda para força a fechadura. Depois levaram cinco celulares e alguns acessórios”.
Segundo ela, um comerciante vizinho presenciou o assalto e deu características dos criminosos. “Tinham dois homens negros e altos dentro do carro e dois dentro da loja. Pela câmera deu para ver que era um carro sedam e escuro e eles iam e vinham vigiando”.
A gerente calcula que o prejuízo com os telefones foi de R$ 5 mil, porém, ainda teve gastos com o conserto das vitrines e da fechadura e ainda vai perder uma bonificação da operadora de cerca de R$ 20 mil, já que com o arrombamento não tem mais todos os aparelhos e padrões exigidos para receber a premiação.
Luciana relatou ainda que os criminosos também tentaram arrombar a porta da farmácia vizinha a loja, mas não conseguiram. Ela revelou que o crime desmotiva o trabalho no comércio. “A sensação é derrota. A gente se vê em uma luta diária porque para manter um comércio aberto hoje o aluguel, a manutenção e os funcionários são caros. Às vezes a gente luta para pagar os custos da loja porque tem meses fracos. Aí acontecesse isso e temos uma sensação de desgostos e desânimo”, lamenta a gerente.
As duas comerciantes já registraram as ocorrências. Quem tiver alguma informação que ajude a polícia a chegar ao criminosos pode entrar em contato com o Ciodes (190) ou o Disque-Denúncia (181).
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