Indignados com o alto preço do gás de cozinha em Guarapari moradores criaram o grupo “#preço do gás justo já” que está se organizando nas redes sociais e vai realizar uma manifestação contra o valor abusivo nesta terça-feira (04) às 14h.

A microempreendedora Sabrina Pereira é membro do grupo e explicou que cerca de 350 devem participar da manifestação. Segundo ela o grupo se reúne na Praça Irineu José Vicente, conhecida como pracinha do Bradesco, no Centro, mas o local de destino só será definido na hora.

“A ideia inicial é irmos até a Câmara para falarmos com os vereadores, mas um deles disse que amanhã eles não estarão lá então se a Câmara estiver fechada a gente segue caminhando até o Ministério Público”.

O gás de cozinha chegou a ser vendido por R$80,00 em Guarapari, enquanto nos municípios vizinhos é possível encontrar até por R$45,00.

De acordo com Sabrina, não haverá qualquer tipo de violência durante o protesto. “Vai ser uma manifestação pacífica.  Nós até excluímos do grupo as pessoas que queriam fechar a ponte e a BR. O que a gente quer é formar um grupo forte para poder reivindicar muitas coisas na cidade e a primeira delas é a questão do gás”.

“Nosso objetivo é saber porque o gás em Guarapari é tão alto. Hoje ele é vendido em Guarapari por R$ 65,00, mas na segunda-feira era possível encontrar até por R$ 80,00. Nos municípios vizinhos ele é vendido entre R$ 45,00 e R$ 58,00. Em Vitória, que é a capital, o gás é vendido por R$ 55,00”, afirmou a moradora.

Ela também relatou que inicialmente o grupo foi criado com o objetivo de reunir pessoas para comprar o gás de cozinha em cidades vizinhas, mas que agora eles pretendem reduzir o valor aqui na cidade.

Inicialmente os membros do grupo estavam se reunindo para comprar gás em municípios vizinhos, mas agora decidiram lutar para abaixar o preço em Guarapari.

“O pessoal está comprando o gás há semanas em cidades vizinhas. Quando entrei no grupo parei para pensar e me questionei porque eu iria comprar meu gás em outro lugar se eu pago meus impostos aqui, é aqui que moro e tenho meus clientes então quero pagar um preço justo aqui. Aí comecei a mover o grupo para parar de ir fora comprar porque isso teria gastos com o carro, teria o risco de tomar multa já que transportar os botijões de qualquer forma é ilegal e dar aquele jeitinho brasileiro não é a melhor forma de resolver as coisas. Então a gente tem que tentar fazer eles abaixarem o valor”.

Segundo ela, o grupo já fez contatos com os depósitos de gás da cidade para questionar os altos preços. Mas as respostas não convenceram. “Em cada depósito de gás que a gente fala cada um diz uma coisa e são desculpas que não dá para entender, não fazem sentido. Um lugar que estava sendo vendido o gás por R$ 65,00 ele falou que o motivo é que eles estão disputando entre eles para ver quem vai falir primeiro. Isso não é nada convincente. Outro disse que quer abaixar e não pode porque se fizer isso vai ter represálias”.

“Queremos respostas das nossas autoridades para saber se realmente há algum cartel, se alguém está sendo forçado a vender mais caro e que isso acabe para que a gente tenha o preço justo e normal como todas as cidades. Na crise em que o país está, com o comércio fechando e a luz ficando cada vez mais cara ainda vamos ter o gás mais caro de todo o Estado?”,  questionou a microempreendedora.

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