Oito meses depois da primeira ocorrência no rio Una, pouca coisa se sabe sobre os motivos que levaram à morte milhares de peixes e crustáceos da região e o rio continua amarelo. O primeiro episódio de morte em massa dos peixes aconteceu em 30 de novembro de 2014. (veja aqui)

Na ocasião os moradores do bairro se assustaram com o número de peixes que apareceram mortos nas margens do rio, que deságua na Praia de Santa Mônica.

Três semanas depois, o rio continua com uma coloração estranha. Iema e prefeitura estão investigando as causas. Foto: João Thomazelli/Portal 27
Oito meses depois, Iema e prefeitura continuam investigando as causas. Foto: João Thomazelli/Portal 27

“Tinha muito peixe morto aqui. Só de caramuru, eu contei pelo menos uns 20, de todos os tamanhos. A ferrugem da garatéia do meu barco saiu completamente. Parecia até cromada. Com certeza foi esta mancha que matou os peixes”, explicou na ocasião o presidente da Associação de Pescadores do Una, Roberto Carlos Agrela, 51 anos.

Os poucos peixes que sobraram morreram logo depois, em novo episódio ocorrido em 04 de maio deste ano (veja aqui). Na ocasião, além dos peixes, centenas de siris também apareceram mortos no rio.

“É a segunda vez que isso acontece. Parece algum tipo de veneno ou produto químico que é jogado no rio. Os peixes não conseguem respirar e morrem aos montes. Estão matando o rio Una!”, lamentou Marcos Pereira, morador do bairro.

O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema)chegou a coletar amostras da água do rio para análise. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente também foi alertada sobre o problema na ocasião.

Agora, meses depois do começo dos problemas no rio, pouco ou nada foi descoberto sobre a mudança na cor da água do rio e os motivos que levaram à morte os peixes e crustáceos do Rio Una.

O rio Una continua amarelo. Foto: Colaborador
O rio Una continua amarelo. Foto: Colaborador

Respostas

Procurada pela reportagem do Portal 27, a Secretaria de Meio Ambiente informou que “o município aguarda parecer do IEMA em relação a análise da água e das condições do rio”.

Segue a nota com a resposta do Iema sobre o caso do Rio Una.

“O Iema informa que já realizou cinco vistorias no local, sendo a última delas no dia 19 de junho. Os servidores do órgão percorreram o rio Una por mais de uma vez e não foi possível visualizar indícios de poluição que pudessem estar relacionados à coloração amarelada da água.

Também foi realizada coleta para identificar se algas poderiam estar influenciando na cor do corpo hídrico, porém o resultado das análises não comprovou tal relação. Em função disso, novas coletas foram feitas para análise com o intuito de verificar se o fato pode estar sendo causado pela presença de componentes minerais no rio. Essa averiguação está em curso.

 

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