Há um ano o servidor público Carlos Renato Magalhães, de 45 anos, se tornou um paratleta. Ele pratica lançamento de dardo, de disco e peso na categoria F 44 e está classificado para os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que será realizado em Maringá, São Paulo, no mês de outubro. Mas, para isso precisa de patrocínio.
Acidente. Renato mora em Santa Mônica com a mulher e os três filhos e até agosto de 2016 trabalhava como fiscal da vigilância sanitária, em Guarapari. Mas, durante um plantão teve sua moto atingida por um carro, na Praia do Morro. A perna esquerda teve fratura exposta e Renato passou meses internado até que chegou o momento que precisou amputar parte do membro. “Eu tive uma osteomeolite e não teve jeito. Ou era a perna ou os rins porque o remédio começou a debilitar meus rins e então escolhi perder a perna”.
UFRRJ. Ele cursa administração a distância pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e por isso, vai representar o Rio de Janeiro na competição no JUBs. Ele se classificou em março na fase regional Rio-SUL do Circuito Loterias Caixa, realizada em Porto Alegre, quando ficou em segundo lugar no lançamento de disco e de dardo. Já no início deste mês conquistou o terceiro lugar no arremesso de disco e peso nos Jogos Universitários Paralímpicos.
Todas essas conquistas são resultado de muito esforço em pouco tempo de treinamento. O paratleta entrou para o Clube Capixaba, em Santa Mônica, no final de 2017 como uma maneira de melhorar sua autoestima e acabou se apaixonando pelo esporte. “O esporte faz maravilhas com a gente. Qualquer resultado melhor você já começa a se empolgar e querer treinar mais. Além da minha família, foi uma das coisas que auxiliou bastante na minha evolução”.
O paratleta está afastado do serviço e mantém a família com o auxílio doença enquanto aguarda a liberação da prótese. Por isso, não tem condições de participar da competição sem patrocínio. “Na última competição tive que bancar do meu bolso o translado, mas para Maringá é mais longe e mais caro. O patrocínio iria me ajudar nisso e no equipamento porque eu e o pessoal do Clube Capixaba treinamos na praia e há uma diferença muito grande de lançar o dardo na praia e depois no campo. Sem contar o equipamento que vai quebrando. Outro dia mesmo lancei ele na areia e quebrou. Agora só tenho um”, explicou Renato.
A amiga Renato, Lúcia Helena Simões, é vizinha dele há muitos anos e acompanhou toda a dificuldade que ele e a família passaram no período em que ele se acidentou. Ela fez questão de reforçar o pedido de patrocínio para o paratleta. ” A gente sempre vê o Renato na praia treinando e percebe que é com muita dificuldade. Ele precisa muito da ajuda de um patrocinador que reconheça o esforço que ele está fazendo e o ajude a conquistar os objetivos dele”.
Quem quiser patrocinar o Renato ou colaborar de alguma forma pode entrar em contato com ele pelo telefone (27) 99505-5869.