O xadrez eleitoral para as disputas estaduais do próximo ano deverá ser alterado pela fusão entre PSL e DEM. As informações são do jornal O Globo.

Os dois partidos aprovaram, nesta quarta-feira (06), a junção dos partidos para criar o União Brasil, que ainda passará pela análise do Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que a ala bolsonarista, que representa cerca de metade dos 53 nomes do PSL, migre para o partido caso o presidente Jair Bolsonaro se filie.

A nova legenda tende a ter a maior bancada da Câmara dos Deputados, além de ter maior tempo de propaganda de TV e a maior fatia do fundo público para financiar campanhas. Somando os atuais deputados das duas siglas, a legenda a ser criada chegaria a 81 parlamentares na Câmara.

A sigla que surgirá terá os maiores fundos partidário e eleitoral. O primeiro, que é distribuído todos os meses aos partidos políticos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deve ficar em torno de R$ 140 milhões, se levada em consideração as quantias recebidas por DEM e PSL no ano passado. O valor é 75% maior do que o pago ao PT, o segundo maior beneficiário do Fundo Partidário atualmente. No caso do Fundo Eleitoral, que é distribuído apenas em anos eleitorais, o novo partido ficará com cerca de R$ 320 milhões, 60% a mais do que o PT, se a quantia total for a mesma de 2020.