A criação de uma nova Secretaria Municipal de Gestão e Recursos Humanos causou muita discussão na Câmara Municipal de Guarapari na última quinta-feira (20). Oposição e situação discursaram freneticamente, a oposição levantou questões preocupantes sobre a economia do município durante as discussões.

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Fernanda Mazzelli disse que a Prefeitura não teria dinheiro em caixa para pagar os funcionários.

Sem dinheiro. A vereadora Fernanda Mazzelli (PSD) disse inclusive que a Prefeitura não teria dinheiro em caixa para pagar os funcionários a partir de outubro. Ela afirmou ainda que o momento não é pertinente para criação de mais sete cargos comissionados. Confira a entrevista com a vereadora:

Resposta. A Prefeitura, por sua vez, afirma que a nova secretaria só irá absorver a SEMAD. A nota informa que a mudança “visa melhorar a gestão dos recursos humanos e a administração eficiente da folha de pagamento, além de atender a uma exigência do Tribunal de Contas, que solicitou à Administração Municipal a unificação das folhas de pagamento da SEMED e SEMAD, por meio da implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), do Governo Federal, a Prefeitura de Guarapari vai criar a Secretaria Municipal de Recursos Humanos, que funciona hoje subordinada à SEMAD”

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Prefeitura diz que “o município desconhece essa informação” da vereadora.

O Executivo explicou ainda que “com a nova secretaria, o cadastro dos funcionários será unificado, possibilitando uma melhor gestão e maior transparência, visto que estamos falando de dinheiro público e direitos de trabalhadores. Tal ação será viabilizada com o desmembramento da SEMAD, que hoje funciona sob o comando de um Secretário e um Secretário Adjunto. O desmembramento fará com que a SEMAD e a Secretaria de Recursos Humanos venham a funcionar, apenas, com o Secretário, sendo extinto, nesta ocasião, o cargo de Secretário Adjunto”.

A administração municipal negou ainda que estejam sendo criados sete cargos. “O único cargo a ser criado para atender à nova Secretaria é o de Chefe de Expediente, com o salário de R$ 850,00. Os demais integrantes da nova equipe serão realocados da SEMAD”, garante a nota. Sobre a possível falta de verba para pagamento de funcionários citada pela vereadora, a Prefeitura se restringiu a dizer apenas que “o município desconhece essa informação”.

Apesar de todo o debate, o projeto que cria a Secretaria não foi votado durante a sessão. Muitos requerimentos, moções e até diversos projetos passaram pela casa. Infelizmente, o tempo da sessão se esgotou antes que o projeto pudesse ser votado.